O Campeonato Estadual do Rio de Janeiro começou com a ladainhade sempre: a escassez de estádios numa competição que reúne 16 clubes, alguns sem palco decente para sediar seus jogos.
E hoje quando se fala do tema não se pede apenas um campo com dimensões oficiais, gramado bem tratado e vestiários aparelhados.
A comercialização dos direitos de imagem com as televisões exige a preocupação com as condições técnicas para a transmissão dos jogos e são poucos os que se tocam para o fato.
Não fosse a concessão da Rede Globo, que aprovou com reservas, os jogos nos estádios do Bangu e do Madureira, não haveria como não sobrecarregar o recém-reformado gramado do Engenhão.
O Carioca alimenta a sadia rivalidade entre grandes clubes, mas a melhor forma de encará-lo é aceitando-o como complemento da pré-temporada.
Fluminense 3 x 0 Friburguense
A fragilidade do Friburguense facilitou os trabalhos dos reservas de Abel Braga.
Mas em início de temporada o grau de dificuldade veio na medida certa para o time tricolor.
Ou seja: missão dada, missão cumprida.
O Fluminense venceu por 3 a 0, somou seus três primeiros pontos na tabela e alguns jogadores souberam tirar proveito do jogo.
O lateral Thiago Carleto mostrou utilidade, Wellington Nem renovou as expectativas, o veterano Araújo lutou para ganhar sobrevida e Rafael Moura fez a diferença.
Valeu!
Bonsucesso 0 x 4 Flamengo
Mesmo com o time reserva, e sem realizar uma bela partida, o Flamengo marcou dois gols em cada tempo e também fez seu dever de casa.
Destaque para o grandalhão Jael, autor de dois gols, e para os novatos Camacho, no meio, e Lucas, no ataque.
O menino Adryan, de 17 anos, que entrou na fase final e fechou o placar, também merece elogios.
Não gostei do estreante Magal, mas o time dirigido pelo auxiliar Lopes Júnior honrou a tradição.
Que sirva de estímulo para os titulares que jogam quarta-feira em Potosí...
Vasco 2 x 0 Americano
Esperava mais do time de Cristóvão Borges, apesar dos desfalques.
A vitória em Macaé valeu os três pontos, mas deixou a sensação de que o Vasco ficou a dever.
Apenas impressão!
Ficaram fora jogadores estratégicos, como Eder Luís e Felipe, e nem mesmo Bernardo pôde ser lançado em função de um problema de última hora.
Isso sem falar em Tenório e Abelairas que podem dar um toque diferente no onze que cumpriu boa jornada no segundo semestre de 2011.
Vamos aguardar um pouco mais para uma análise consciente.
Botafogo 3 x 1 Resende
Dos quatro grandes, o Botafogo foi o que menos mexeu em sua estrutura.
Mais nem por isso deixou de ter problemas.
Cumpriu seu papel, é verdade, mas teve dificuldade para se impor diante do time que pode vir a ser o melhor entre os de menor expressão.
Sob o comando de Oswaldo de Oliveira, o time alvinegro mostrou-se autoconfiante e equilibrado, duas características do técnico.
O meia Andrezinho fez boa estreia e Márcio Azevedo surpreendeu positivamente.
A expectativa é positiva!