Juninho vai e deixará saudades.
Difícil exisitir unanimidade no futebol. Juninho é exceção.
Educado com a imprensa, cara íntegro, honesto nas palavras, sincero, objetivo e de grupo. Profissional na acepção da palavra.
Ninguém sabe ao certo, mas dizem que deixa o Vasco para ganhar menos nos Estados Unidos. Troca a instabilidade financeira pela segurança e qualidade de vida para a família.
Por um ano de contrato, Juninho receberá cerca de 750 mil dólares (R$ 1,55 milhão) no New York Red Bulls.
No Vasco, o acordo era para o clube pagar R$ 50 mil por jogo. Acontece que Juninho não vê a cor do dinheiro desde setembro. O clube lhe deve quase R$ 500 mil.
Juninho é ídolo e jamais perderá esse status.
Corajoso, assumiu publicamente que o Vasco está desorganizado, tem péssimo ambiente e que existem fantasmas de Eurico Miranda em São Januário.
Como capitão se desgastou inúmeras vezes pedindo ao presidente, Roberto Dinamite, solução para os salários atrasados.
Juninho viu o filme de 2008 na cabeça quando o Vasco caiu e temia o mesmo em 2013. Pesou não ficar marcado negativamente como Edmundo.
Recusou o Atlético-MG por respeito. No Brasil só quer saber do Vasco.
Mas a relação estava no limite.
A família que apoiava Juninho exigia mudanças.
O Vasco perdeu Romulo, Diego Souza, Allan, Fagner, Fernando Prass, Nílton, Alecsandro e Felipe.
Mas nenhum deles vai fazer tanta falta quanto Juninho. Sujeito intocável.
Jogador raro hoje em dia, dentro e fora de campo.