Os números do sistema defensivo do Vasco em 2018 falam muito.
E ajudam a explicar o teórico favoritismo do Cruzeiro no confronto pela quinta rodada do grupo 5 da Libertadores, em São Januário.
São 35 gols sofridos em 25 partidas (1,4 gols por jogo), média que fragiliza o time de Zé Ricardo no duelo contra um adversário que fez 37 gols em 23 jogos.
Equipe, aliás, vazada apenas doze vezes _ com média, portanto, de 0,52.
TRATA-SE, então, de um duelo entre dois conjuntos bem distintos.
De um lado o Cruzeiro, equilibrado, que faz mais e sofre menos de um gol por jogo;
Do outro, o Vasco, de bom jogo ofensivo, mas que não exibe solidez defensiva.
Em suas últimas 17 partidas, só não sofreu gols em dois empates em 0 a 0.
Um no clássico com o Fluminense pela Taça Rio...
Outro contra o adversário desta quarta-feira, no jogo de ida, no Mineirão.
MAS, por ora, não são mais do que números.
Na prática, na bola, o Vasco ficou no 1 a 1 com o Racing, lá mesmo em São Januário, tendo boas chances de virar o placar depois do gol de empate.
Isso significa que, com empenho e boa estratégia, o time é capaz de igualar a disputa.
Mano Menezes dispõe de mais recursos, mas sabe que hoje a diferença entre o bom e o razoável se desfaz num chute.
POR FALAR em números, o balanço contábil de 2017, apresentado na auditoria da BDO Brazil, trouxe, em linhas gerais, o que já se supunha.
O clube era administrado sob um conceito bem particular, não respeitando boas práticas contábeis.
Talvez, por isso, escondia seus números numa "caixa-preta", agora aberta.
Chamam atenção, porém, o fato de a auditoria não ter encontrado justificativas para a saída de mais de R$ 1,7 milhão em despesas.
E "grita aos ouvidos" o "preço de ocasião" que a dupla Eurico Miranda/Carlos Leite fez no repasse de 85% dos direitos econômicos do meia Matheus Vidal.
O Corinthians pagou R$ 5 milhões por um menino talentoso, de 20 anos, negociado ao apagar das luzes de uma administração temerária.
Realmente...