Um dos poucos jogadores experientes que caíram à Série B com o Vasco e foram mantidos no elenco, Léo Matos se firma cada vez mais na equipe. Com contrato renovado recentemente até dezembro de 2022, o lateral direito tem se destacado por ser um "garçom" do time.
Com 27 partidas disputadas até aqui com a camisa cruz-maltina, ele já soma seis assistências, tornando-se o terceiro do atual elenco no quesito, só que com a vantagem de ter disputado muito menos jogos do que Talles Magno, que tem sete passes para gol, e Andrey, com nove.
Feliz pelo momento que atravessa, Léo Matos enalteceu o trabalho que tem sido feito pelo diretor-executivo Alexandre Pássaro, que chegou do São Paulo no fim do ano passado.
"O Pássaro é um cara que tem um diálogo muito fácil com jogadores, é jovem, de mente aberta, e já trabalhou em clube com grande pressão. Ele se adaptou muito rapidamente e passou segurança aos jogadores que aqui ficaram. E eu fui um dos experientes, entre aspas, escolhido para dar suporte a esse novo projeto. Tinham uns dez, ficamos eu, Castan e Cano. Eu me sinto privilegiado por estar aqui. Poderia estar em outro clube ou buscando outro clube porque o Vasco não quis ficar comigo", declarou Matos ao UOL Esporte.
Campeão mundial com a seleção brasileira sub-17 em 2003, Léo Matos foi revelado justamente pelo Flamengo, rival que o Vasco venceu na semana passada por 3 a 1, com direito a um gol de cabeça do lateral. No Rubro-Negro, porém, pouco atuou como profissional, fazendo com que boa parte da sua carreira fosse feita na Europa — mais precisamente 13 anos, somando as passagens por França, Ucrânia e Grécia.
Por lá, se acostumou com um futebol de mais contato, o que tem gerado — num primeiro momento no retorno ao Brasil — um excesso de cartões amarelos até aqui. No total, já foram 13, o que dá praticamente um a cada dois jogos.
"Estou me adaptando ainda ao futebol brasileiro. Aqui, joga com menos contato, e o jogador induz mais o árbitro ao erro também. Às vezes, há um encontrão e o jogador já cai rolando. Vai olhar, nem era para cartão. Joguei muitos anos fora. Juntando minhas passagens todas, foram 13 anos. Lá, não existe isso, e se o jogador começa a fazer, os próprios jogadores chamam a atenção. É uma cultura diferente. Preciso me adaptar a isso, mas estou tentando e tenho certeza que, daqui a pouco, já terei melhorado nessa questão", avaliou.
Além do gol sobre o Flamengo, Léo Matos fez mais um logo em sua estreia, contra o Goiás, no Campeonato Brasileiro da temporada passada. Seu reserva direto é o jovem Cayo Tenório, revelado nas divisões de base do Vasco.