O Vasco prioriza a reformulação da defesa nessa janela de transferências. Afinal, sete das 11 contratações foram para o setor. O clube fechou com dois goleiros (Ivan e Léo Jardim), dois laterais (Piton e Pumita) e três zagueiros (Léo, Robson Bambu e Capasso). Isso porque o desempenho defensivo nos últimos anos não é bom. Quebrar essas marcas será um grande desafio para Barbieri.
Aliás, o Cruz-Maltino retornou a disputar as semifinais de uma edição do Carioca na última temporada. Antes ficou de fora por dois anos consecutivos (2020 e 2021). A última vez em que teve a melhor defesa no torneio foi em 2020, mas disputou apenas 11 jogos. O clube de São Januário não vence a competição desde 2016 quando também teve a defesa menos vazada com nove gols sofridos, em 18 partidas.
Ainda assim, o rendimento no Campeonato Brasileiro também é preocupante. Isso porque a última vez em que teve a melhor defesa foi na edição de 1998, quando terminou na décima colocação. Já na era dos pontos corridos, sua melhor marca foi em 2011, quando teve a terceira menos vazada levando 40 gols. Nesse ano, o Cruz-Maltino foi vice-campeão.
Em 20 edições da Série A por pontos corridos, o clube de São Januário caiu em quatro oportunidades (2008, 2013, 2015 e 2020). Em todas elas a equipe teve pelo menos a quarta pior defesa do torneio.
O Vasco participou de 15 edições do Campeonato Brasileiro, em seis delas esteve pelos menos entre as cinco piores defesas. Em 2005 e 2018 foram os anos em que o clube de São Januário não foi rebaixado, mas teve esse desempenho negativo.
Números defensivos do Vasco quando caiu
2008 – Segunda pior defesa com 72 gols
2013 – Terceira pior defesa com 61 gols
2015 – Segunda pior defesa com 54 gols
2020 – Quarta pior defesa com 56 gols
Bola aérea, um problema recorrente
A bola aérea é um outro problema que persegue o Vasco. Nas últimas temporadas os gols levados pelo alto chamaram a atenção pela grande frequência. Em 2021, por exemplo, o Cruz-Maltino tomou 77 gols e 41 deles foram dessa forma, o que representa mais da metade dos gols que a equipe sofreu (53,2%).
Além disso, na última edição da Série B, sob o comando de Zé Ricardo, o time apenas havia sofrido sete gols pelo alto em 25 partidas. Após o treinador deixar o clube, a bola aérea voltou a ser uma preocupação.
Dos 36 gols que o Vasco tomou na Série B, 19 foram pelo alto. É a mesma porcentagem do ano anterior (aproximadamente 53%). Ou seja, o problema não foi resolvido.