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Com acesso, carreira de Dorival, grupo e diretoria dá salto de qualidade e s

A Série B fez bem ao Vasco. A frase repetida por uns e encarada com o nariz torcido por outros, que não se acostumaram com o fato, surgiu pois o clube abraçou e entendeu o projeto. Às vésperas de carimbar sua volta à competição “da qual não deveria ter saído”, quem tem muito a festejar também são os atletas e Dorival Júnior, cheios de adjetivos: valorizados, renovados...

A começar pelo gol, Fernando Prass já é alçado ao status de um dos melhores do Brasil. Na defesa, Fernando se reergueu, Titi é uma boa cara nova e Ramon foi uma joia achada, como se diz na Colina. Carlos Alberto recusou-se a ir embora e Alex Teixeira, em alta, é tratado como craque. Elton, se ficar ou não, com quase 30 gols, tem mercado garantido por diversas temporadas. E o que falar do treinador? A diretoria vai ter de ralar para mantê-lo.

Zagueiro que ignorou a ligação com o arquirrival, cujo nome evita pronunciar, Fernando não é capaz medir a importância do momento.

– Não tem tamanho participar de algo que faz oVasco ressurgir. Participei, mesmo que pouco, da campanha do descenso, e me sinto responsável. E, agora, queremos o título.

Grandes como o Vasco não se contentam com menos – conclamou.

Alguns, no entanto, têm projetos ainda maiores. Provável titular no sábado, contra o Fortaleza, Adriano sonhou o gol do título no treino.

– Brinquei com os goleiros ao ba-ter pênaltis, imaginando que o gol do título ou do acesso poderia ser assim, com o Maracanã lotado. Vamos ficar gravados num quadro em São Januário – empolgou-se o camisa 39.

Sim, a reestruturação política, a união da torcida, a visibilidade, tudo é bem bacana. Mas já chega, né? – A gente fala, fala... Mas que nunca se repita – brincou Fernando.

É por isso que a primeira frase do texto, egoísta, pois diz respeito só ao Vasco, se aplica, sim, a cada um dos envolvidos nesse corajoso trajeto.

Cadu, ex-Vasco, fez Prass sensibilizar-se e assinar

Cada um dos responsáveis pelo virtual retorno do Vasco à Série A tem uma história diferente para contar. No caso do goleiro Fernando Prass, ela é interessante e traduz bem o impacto que a queda do clube teve não só no futebol brasileiro, mas ao redor do mundo também.

Em dezembro de 2008, o camisa 1 da Colina disputava o Campeonato Português pelo União Leiria e tinha como companheiro Cadu, atacante revelado pelo Vasco, que ficou chateado com o acontecimento.

– Acompanhei de longe o processo da queda, mas tinhaumamigo (o L! descobriu que trata-se de Cadu), em Portugal, que me falou sobre o clube, lembrou do sofrimento e da vontade de voltar que deviam ter tomado conta de todos. Quando me procuraram, foi a primeira coisa que me veio à cabeça – revelou Prass.

Embora não tenha tido uma passagem destacada em São Januário, Cadu, hoje em Israel, foi peça importante na conquista do Estadual de 2003, dando até o passe de cabeça para Souza, após o inesquecível cruzamento de letra de Léo Lima.

– A Série B foi um desafio maior que todos, pois a competição não permitia erro, por ser o Vasco Há um lado de subir e entrar para a História, mas se não conseguíssemos, seria um desastre – comparou o goleiro.

Rodrigo Caetano: Aposta não foi financeira

Diretor-executivo, Rodrigo Caetano é apontado como um dos diferenciais para o sucesso vascaíno no ano. Antes funcionário do Grêmio, ele também abriu mão da chance de títulos até maiores: – Saí de lá antes de uma Libertadores e confesso que não me arrependo. A aposta e o ganho de todos foram imensos. E não me refiro à parte financeira.

Participar, com gente competente, de algo assim, marca para o resto da vida.

Ficaram pelo caminho

Alan Kardec Pouco aproveitado por Dorival, o atacante acabou emprestado ao Internacional.

Léo Lima Vinha sendo perseguido pela torcida e preferiu aceitar uma proposta do Goiás.

Edgar O atacante ficou pouco tempo na Colina e foi transferido para o Nacional (POR).

Leonardo Chegou para reforçar a zaga, mas foi devolvido para o Shakhtar Donetsk (UCR).

Confira bate-bola com Dorival Júnior

Você disse que não pensou duas vezes ao vir. De onde veio a convicção de que daria certo?
A projeção de um trabalho no eixo Rio-São Paulo é muito grande. Até pelo São Caetano senti que o reconhecimento nos grandes centros é bem superior ao resto.

Pegar rivais que estão lá embaixo, como o Fortaleza, torna a tarefa do Vasco mais tranquila?
A cada rodada é um time brigando por algum objetivo. E todos nos encaram com vontade. A equipe está muito equilibrada e consciente do que fazer.

Você já fez as contas de quantos pontos faltam para o título?
Fiz as contas para o acesso, mas para o título é difícil. A diferença do Coritiba, campeão de 2007, para o Corinthians, de 2008, é prova disso. Foi grande. Está parelho.

Fonte: Lance
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