Na coletiva de imprensa em que René Simões foi apresentado, em dezembro do ano passado, o diretor executivo descreveu o sonho de ver o time titular do Vasco formado por oito jogadores criados nas categorias de base do clube e apenas três jogadores contratados. Com Gaúcho no comando, o primeiro passo já foi dado, mas ainda faltam muitos.
Hoje, o Gigante da Colina possui seis pratas da casa entre os 28 jogadores do elenco profissional. Desses, apenas Luan ainda não estreou em 2013. Dieyson é titular, Jhon Cley jogou cinco partidas no ano e Romário, Marlone e Guilherme Costa já foram testados pelo técnico. Além deles, Alessandro, dono do gol vascaíno, chegou a jogar pela base, apesar de ter sido revelado pelo Grêmio.
O formato de equipe idealizado por René é inspirado no Barcelona (ESP), que tende a aproveitar grande parte das crias internas no time principal. Mas fabricar talentos não é novidade em São Januário, o difícil é segurá-los.
Romulo, Souza, Allan, Philippe Coutinho, Alex Teixeira e Allan Kardec foram algumas das mais recentes revelações vascaínas, rapidamente valorizadas e negociadas pelo clube. O costume de vender jovens promessas é generalizado no futebol brasileiro, e no Vasco, com as dificuldades econômicas da diretoria e a pressão de empresários, a história não é diferente.
Mas, de acordo com Gaúcho, também prata da casa da Colina quando jogador e antigo treinador da base, as categorias inferiores do Vasco podem ser um projeto benéfico de longo prazo se os jogadores forem mantidos. No fim de 2012, o técnico já se mostrava esperançoso em relação aos jovens formados pelo clube.
- O Vasco tem uma safra de jogadores com muito valor, com muita qualidade. Esperamos dar para esses atletas condição de trabalho e, daqui para frente, montar uma equipe forte - declarou, com olhos para o futuro.