O programa de sócio-torcedores Gigante precisará fazer jus ao nome em tempos de patrocínios escassos no Vasco. A diretoria do clube aposta todas as fichas na adesão de sua torcida para conseguir passar com menos aperto por um período de diminuição de receitas, provocado pela rescisão do contrato com a Viton 44 e pela não renovação do patrocínio da Caixa Econômica Federal.
Para que isso aconteça, o departamento de marketing já prepara mudanças no modelo do programa, previso para ser aberto no dia 23. Isso porque o Vasco havia reservado inicialmente 3 mil vagas de adesão no plano Sempre ao Teu Lado, que dá direito a ingresso gratuito aos jogos como mandante na Colina, mas a demanda tem sido bem superior. Para não correr o risco de perder torcedores que só aceitam se associar neste plano, a ideia é ampliar as vagas.
- O número de adesões tem sido grande e vamos ter de nos adaptar para receber esses sócios - explicou o vice-presidente de marketing, Marco Antônio Monteiro: - Sabemos que muitos torcedores que fazem o pré-cadastro não efetivam a associação, mas também há torcedores que estão esperando o programa entrar efetivamente em funcionamento para fazer a adesão.
A perda com o fim dos patrocínios da Viton 44 e da Caixa Econômica Federal é grande e dimensiona bem o tamanho do rombo que o programa sócio-torcedor tentará diminuir. Da fábrica de guaraná natural, o Vasco tinha para receber em 2016 R$ 11 milhões. Já da Caixa, poderia ter R$ 12,5 milhões, caso tivesse aceitado a última proposta feita pelos diretores da estatal.
Por enquanto, o Vasco tem conseguido, graças à antecipação de receitas e aos cerca de R$ 8 milhões que recebeu pela venda de Alex Teixeira, se manter em dia no pagamento de dívidas, compromissos fiscais e salários. O presidente Eurico Miranda garante que o cumprimento das obrigações atuais não está gerando dívidas futuras:
- Na nossa administração, as dívidas estão sendo pagas sem que o clube se endivide mais. São pagamentos feitos quase apenas com as nossas receitas.