Dentre as virtudes que o Vasco tem demonstrado chama atenção o fato de o time não se omitir em jogos fora do Rio de Janeiro.
Pelo contrário, até: talvez tenha feito contra Ceará (3 a 0), Goiás (2 a 1) e Santos (2 a 2) as melhores atuações sob o comando de Ramon.
Ainda que esteja descobrindo os pontos fortes e fracos do elenco que tem em mãos, o treinador inicia a trajetória exorcizando este mal.
Na verdade, um fantasma que já assustou muito os vascaínos em recentes campanhas na Série A.
Em 2017, por exemplo, o Vasco conseguiu seis vitórias em 16 jogos fora do estado, ano que começou com Mílton Mendes e terminou com Zé Ricardo.
Em 2018, não venceu nenhuma partida sem o mando, ano em que Jorginho substituiu a Zé Ricardo e depois cedeu a vez a Alberto Valentim.
E em 2019 apenas cinco, das 16 - temporada iniciada por Valentim e terminada por Vanderlei Luxemburgo.
Nestes levantamentos, não estão computados os mandos nos clássicos estaduais.
O que não reduz o impacto positivo.
No ano passado, apesar de ter obtido a primeira vitória no sexto jogo fora, time fechou o turno com aproveitamento de 29,6% como visitante - o 11º da Série A.
Nos dois jogos deste ano, venceu um e empatou outro, obtendo 66,6 dos pontos.
É pouco?
Sim, quase nada.
Mas animador se confrontado com o ranking onde o clube aparece como 10º pior da Série A, com 25,36% de aproveitamento em jogos fora de casa.
Até porque, em termos percentuais, o atual rendimento sobe de 66,6% para 77,7% se somado à vitória de 2 a 1 sobre o Goiás, pela Copa do Brasil.
Em termos de desempenho, os pontos obtidos solidificam uma ideia de jogo que vem fazendo do time vascaíno uma grata surpresa até aqui.
Ainda há muito a ser feito e a ser visto... sendo assim, vejamos.