No mundo, em praticamente 20 anos de futebol profissional de cada um, apenas um técnico teve a chance de comandar Seedorf, de 36 anos, e Juninho Pernambucano, de 37. Oswaldo de Oliveira é quem tem tal honra. No clássico desta quarta-feira, às 20h30 (de Brasília), no Engenhão, entre Botafogo e Vasco, os dois estarão em campo em um duelo de veteranos com bagagem internacional e até Copa do Mundo no currículo.
Oswaldo trabalhou com Juninho em 2000, quando foi técnico do Vasco na campanha de conquista do Campeonato Brasileiro e da Copa Mercosul, quando saiu do clube brigado com o então presidente Eurico Miranda próximo dos jogos finais das duas competições. Doze anos depois, ele recebeu Seedorf, agora, no comando do time do Botafogo.
- Claro que os dois já foram melhores. Se tivessem 28 anos de idade agora seriam ainda mais fortes e importantes, mas são jogadores de exceção, como Zé Roberto (Grêmio) e Deco (Fluminense), que têm o privilégio de serem dotados de condição física suficiente e aptidão para o futebol que os fazem alongar o tempo de carreira. Eles se cuidam e se interessam - comentou Oswaldo.
Juninho defendeu o Lyon por oito temporadas e disputou a Copa do Mundo de 2006. Depois ficou mais duas no Al Gharafa, do Qatar, antes de voltar ao Vasco. Seedorf começou a carreira no Ajax-HOL, defendeu Sampadoria-ITA, Real Madrid-ESP, Internacional e Milan-ITA e participou da Copa do Mundo de 1998.
Com toda a experiência que carregam, Juninho e Seedorf podem até ser os comandantes de Vasco e Botafogo, respectivamente, mas Oswaldo prefere não falar em duelo pessoal no clássico. Com o Campeonato Brasileiro numa fase importante, com longa sequência de dois jogos por semana, ele vê uma disputa intensa entre os clubes pelas primeiras posições da competição.
- Cada um tem sua participação na sua equipe. Mas a disputa é entre Vasco e Botafogo. Esses jogadores enriquecem muito o jogo, mas as ações não são definidas por eles. Cada um vai procurar ajudar o máximo que puder a sua equipe - explicou Oswaldo.