Contratado no início de 2016 credenciado por boas atuações no Paysandu, Yago Pikachu ainda não caiu nas graças da torcida e já tem sofrido com vaias. No empate de 2 a 2 com Friburguense quinta-feira, em São Januário, ele teve a sua atuação questionada pela torcida cruz-maltina e foi para o vestiário xingado por parte do público que esteve presente ao estádio. Para o comentarista Paulo César Vasconcellos, o lateral-direito ainda passa por um período de adaptação ao novo clube e cidade, diferente de Belém, onde era tratado como ídolo e protagonista do Papão da Curuzu.
- Ele era um ídolo no Paysandu e no Vasco passa a ser mais um, não é um ídolo. Se você não consegue fazer um trabalho para explicar ao sujeito o que está acontecendo, acaba complicando. Ele estava em uma cidade onde era abordado em qualquer ponto público. No Rio de Janeiro, ele para em um posto de gasolina, ele vai à praia e ninguém sabe quem é. Isso impacta no sujeito. Até ele conseguir entender o que está mudando em sua vida, é claro que isso vai influenciar no seu jogo - disse ao "Seleção SporTV".
André Loffredo lembrou que no Paysandu Pikachu era tratado como referência e procurado por todos dentro de campo, diferente do Vasco. De acordo com o jornalista, o lateral, que está sendo escalado no meio-campo, ainda não conta com o mesmo prestígio e não recebe o mesmo número de bolas quando está em campo. Em São Januário, ele ainda não foi escalado como titular pelo técnico Jorginho no Campeonato Carioca.
- Em campo, ele era um jogador que jogava do meio para frente, com liberdade para criar. O Paysandu jogava em função do Yago Pikachu.
Líder do Grupo A do Campeonato Carioca, com 16 pontos, o Vasco enfrenta o Botafogo domingo, às 19h, em São Januário, no clássico da sétima rodada. Com 18 pontos, o Alvinegro é o primeiro colocado da outra chave da competição.