Flamengo e Vasco empataram o primeiro jogo da final do Campeonato Carioca por 1 a 1. Assim como na partida da primeira fase, que terminou 2 a 1 para os rubro-negros, um gol vascaíno novamente gerou discussão. Se naquele 16 de fevereiro ficou nítido que o gol na cobrança de Douglas foi mal anulado, dessa vez o debate foi em torno do goleiro Felipe, após o mesmo Douglas cobrar escanteio, que dessa vez terminou em gol validado do zagueiro Rodrigo. Para o comentarista do SporTV Edinho, o arqueiro flamenguista falhou no lance.
- Felipe fez a leitura errada da trajetória da bola. Um jogador daquele, de 1,90 metros (na verdade, o arqueiro possui 1,91), com mais a envergadura dos braços, e o jogador (Rodrigo) ganhar dele na pequena na área, foi uma leitura errada - disse Edinho.
O comentarista Maurício Noriega foi outro que não enxergou falta no goleiro rubro-negro, mas sim uma maior esperteza de Everton Costa na disputa, que estava na frente de Felipe enquanto a bola viajava na cobrança de escanteio de Douglas. Já o comentarista Belletti, lembrou ainda a trajetória do zagueiro Rodrigo e apontou uma falha não apenas do arqueiro, mas também da defesa do Flamengo.
- O goleiro tem que tirar proveito de poder usar as mãos para pegar a bola em um ponto mais alto do que o que o jogador pode cabecear. Mesmo se o Felipe tivesse acertado a bola, foi na altura que o jogador do Vasco (o zagueiro Rodrigo) cabeceou. Então o Felipe realmente calculou mal o tempo de bola. Por mais que alguém tenha o atrapalhado, nessa hora não sai, fica no gol. O pessoal do Flamengo deixou o Rodrigo vir em velocidade para cabecear. Ele tira proveito disso saltando mais - afirmou Belletti.
Com 60 faltas na partida, 33 do Flamengo e 27 do Vasco, a bola rolou apenas durante pouco menos de 40 minutos. A Fifa considera que 60 minutos de bola rolando é o mínimo ideal. Os rubro-negros obtiveram 52% da posse da bola, enquanto os vascaínos ficaram com 48%. Para Belletti, o pouco tempo de bola rolando se dá por conta da pouca autoridade dos árbitros perante os jogadores.
- Qualquer coisa, o árbitro acaba apitando falta. O jogador simula muito, às vezes nem é falta e o árbitro acaba apitando. Decisão de campeonato está igual jogo de Libertadores. Todo mundo quer colocar muita vontade, muita garra e poucos querem jogar bola, poucos querem pensar em trabalhar a bola, colocar qualidade no jogo. Em vez do árbitro tranquilizar os jogadores, deixa eles mais irritados ainda. Não há respeito dos jogadores com os árbitros e nem o contrário. O árbitro não tem autoridade - opinou Belletti.
As duas equipes voltam a se enfrentar no próximo domingo, também no Maracanã, às 16h (de Brasília) no segundo jogo da final do Campeonato Carioca. Outro empate dá o título ao Flamengo. No meio de semana, o Rubro-Negro tem outra decisão, contra o León, do México, no mesmo palco, para definir a classificação ou não para a segunda fase da Taça Libertadores da América. Pela Copa do Brasil, o Vasco só volta a campo, contra o Resende, no próximo dia 16. Em Manaus, as equipes empataram por 0 a 0.