Já é contada em prosa e verso a história de que o Vasco, no Campeonato Brasileiro, reina absoluto em São Januário. O feito de oito vitórias e um empate em nove jogos na competição ganha força nos números e aterroriza adversários, como o Náutico, a bola da vez, hoje, às 20h30min, no temido caldeirão vascaíno.
A seqüência de resultados positivos já atingiu 21 batalhas e agora a briga é pelo 22o triunfo sem saber o que é ser derrotado em casa. Desde então, o Vasco já coleciona índices que assustam a qualquer rival e ajudam a construir e sustentar o mito da Colina. A começar pela farta pontuação alcançada: dos 35 que constam na tabela, 25 foram abocanhados dentro dos seus domínios.
Ou seja, 71%.
Mas o time cruzmaltino não tira vantagem de seu caldeirão somente em um quesito. Enfrentar o time cruzmaltino hoje, em São Januário, é pedir para sofrer gols. Dos 35 marcados pelo time vascaíno, 26, ou 76%, ocorreram no estádio.
A facilidade para conseguir bons resultados e a fama de alçapão de São Januário fizeram com que a confiança não fique restrita só aos torcedores. Até mesmo os jogadores vascaínos se agarram à força do estádio para garantir o bom resultado.
Um dos guerreiros escalados por Celso Roth para defender a fortaleza cruzmaltina, o volante Amaral foi direto ao falar sobre a relação do estádio com o time.
Criamos um mito dentro de São Januário, uma responsabilidade maior. Todo mundo quer vir complicar o Vasco, e não será diferente contra o Náutico, que virá bem fechadinho.
Em alguns fundamentos, o Vasco também se supera quando joga no próprio estádio. Em média, a equipe dá 343 passes em casa e 208 fora. Já nas finalizações, são 15 a cada jogo no estádio e 11 fora.
Hoje, o Náutico pode até tentar não crer no mito de São Januário. Mas que ele existe, existe.