Futebol

Confira a análise tática da partida Vasco 2 x 0 Avaí

A vitória. Essa era a palavra mais falada ontem em São Januário antes da partida diante do Avaí. Nada mais interessava ao time que não fosse um triunfo. Há três rodadas do fim do torneio, há dois pontos do líder Corinthians e jogando pela última vez em São Januário, o Vasco nem cogitava desperdiçar a chance de despachar o já, até então, quase rebaixado Avaí. No fim, os desejos cruzmaltinos foram contemplados com o triunfo. Um triunfo de alívio e merecimento.

Vindo de um pesaroso empate em São Paulo, diante do Palmeiras, o Vasco de Cristóvão Borges teria que fazer algo diferente para voltar aos trilhos da vitória. A formação tática que deu super certo diante do Botafogo, havia fracassado diante do Palmeiras e mostrava que era facilmente vencida. Dessa forma, o treinador interino vascaíno teria que buscar uma nova alternativa. A estratégia da vez seria, pois, um 4-2-3-1, já usado na temporada, na partida diante do Cruzeiro, em que o time carioca venceu por 3 x 0, em Minas Gerais.

No 4-2-3-1, o Vasco se armou com os volantes Rômulo e Juninho. Éder Luís, como de costume, esteve jogando pela direita. Já Diego Souza e Felipe mudaram de posicionamentos. Enquanto o primeiro saiu da ponta esquerda para jogar de meia armador central, o segundo fez o caminho inverso, saiu da função de carrillero rumo à ponta esquerda.

A mudança deu certo, principalmente para Felipe que, assim como diante de Palmeiras e Botafogo, teve uma partida tecnicamente impecável. O camisa 6 vascaíno parece ter voltado a driblar com agilidade, parece ter recuperado boa parte da sua técnica. E o Vasco ganha um importante trunfo para a reta final: um Felipe que há muito não se via, um Felipe experiente para orientar companheiros e moleque para partir pra cima. Finalmente, o Felipe.

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O Avaí, mesmo que viesse alterado daquilo que foi no campeonato, mostrou com clareza e propriedade o porquê da lanterna. Muito desorganizado em campo, e sem padrão tático algum. Ao que parece, o time catarinense esteve em um 3-5-2, muito embora não tenha sido exatamente isso que o time executou na partida. Mas, então, como jogou o Avaí?! Diríamos que em um esquema desconhecido e que ainda não foi descoberto por nenhuma alma sã. Um verdadeiro embolar de jogadores espalhados em campo, uma ofensa ao futebol. Uma retranca total e inconsciente. Digna de série B.

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Mesmo com o zero no placar na primeira etapa, o massacre vascaíno sinalizava que a situação não se manteria pelos 90 minutos. O segundo tempo veio somente para confirmar a tese. Com Felipe, e merecidamente Felipe, o Vasco, finalmente, se estabeleceu na partida, marcando o gol inaugural. A retranca avaiense estava quebrada. 1 x 0 no placar que aliava a colina história ansiosa, mas confiante.

Depois disso, as coisas facilitaram para o lado do gigante da colina. O segundo gol foi fruto dessa situação. E olha que se não fosse o ótimo goleiro Moretto, o placar poderia ser ainda maior. Mas os dois à zero ficaram de bom tamanho. O importante era a vitória, e ela veio.

Na segunda parte da partida, o Avaí continuou no seu peculiar e quase que indecifrável 3-4-2 (com um jogador a menos). O Vasco, por sua vez, também se manteve no 4-2-3-1, tal qual o primeiro tempo da partida.

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O verbo vencer foi conjugado em São Januário, a exemplo de toda a linda história vascaína. Dormiu na liderança, e agora torce para que o Corinthians tropece em casa diante do Atlético Mineiro. Mas convenhamos, mesmo que isso não aconteça, mesmo que o Corinthians vença as três partidas que restam, mesmo que o título fique em São Paulo, mesmo que a Taça Sulamericana seja perdida, o Vasco já é um vitorioso em 2011. O Vasco já é um reflexo da sua história.

Você pode acessar o original desse artigo em http://a-prancheta.com/vasco-2-x-0-avai-a-despedida-triunfante/

Fonte: Na Prancheta
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