O presidente Eurico Miranda se reuniu com os jornalistas na tarde desta sexta-feira (13/03), para falar sobre os últimos relatórios do coronel do GEPE João Fiorentini em relação ao Vasco. Para o dirigente, a autoridade está excedendo o seu poder e tentando um confronto direto com a Instituição e com o Estádio de São Januário. Veja abaixo os temas comentados na coletiva de imprensa:
Confronto com o Vasco
"Vocês são testemunhas do esforço que está sendo feito no sentido de fazer as adaptações necessárias no clube e no estádio. Eu tenho que relatar uma situação para vocês que eu considero um confronto por parte do coronel responsável pelo GEPE com o Vasco. Eu não sei aonde ele quer chegar com toda essa perseguição"
Relatório do Ministério Público
O presidente recebeu documento do Ministério Público sobre o jogo contra o Bangu, na Colina Histórica. Em relatório anexado ao documento, o militar afirma ao MP que pessoas entraram sem ingresso na social do clube. Eurico Miranda destaca que grande parte do conteúdo desse documento é falso, já que atletas e funcionários circulam dentro do Estádio devidamente identificados.
"Eu tenho uma social onde só entra sócio. Podia ser que no passado fosse diferente, mas agora é assim. Ele entende que o controle da social do Vasco é do GEPE, mas é do clube. Ficam procurando determinadas situações sem motivo nenhum. Em relação especificamente ao jogo do Bangu, disseram que entraram 167 pessoas sem ingressos na social. Eu tenho atletas residentes e funcionários com identificação. Ele se deu ao luxo de contar quantos funcionários tinham do clube e também do JECRIM. Dá a entender que as coisas estão sendo feitas sem controle, o que não é verdade"
Stewards nas sociais
"Foram feitas várias modernizações na parte social do Vasco, que teve só elogios com relação principalmente ao alambrado. Tive o cuidado de colocar os seguranças de cinco emcinco metros virados para a social. De repente ,recebo um ofício que tenho que contratar vinte stewards, o que não irá acontecer de maneira nenhuma. Ele tem induzido o Ministério Público com relatórios falsos. Eu me antecipei. O coronel quer que eu bote seguranças no gramado, sendo que já tinham seguranças do Vasco antes mesmo da divisão com o campo. Isso é simples"
Gratuidades
"O total de gratuidades não é utilizado, o borderô retrata isso. Se eventualmente, uma roleta não é suficiente para gratuidade, se dispõe duas e se for necessário teria mais. O que eu vejo nessas atitudes tomadas por esse coronel, é que ele quer na verdade criar um confronto"
Relação do coronel com as torcidas organizadas
"Havia uma prática de se oferecerr ingressos para organizadas, mas eu não dou ingressos, em nenhuma hipótese. Tive cuidado em relação à Força Jovem, depois que ela foi suspensa, de dar uma nota oficial dizendo que o Vasco não a reconhecia enquanto perdurassem as suspensões determinadas pela justiça e também os conflitos internos. Só que ele recebe a Força Jovem, para então direcionar como é que se vem ao estádio. Se ela está suspensa e proibida de entrar, não entendo o porquê que ele organiza ônibus e os caminhos para que elas possam entrar no Estádio"
Respostas ao Ministério Público
"Tenho que responder ao que o Ministério Público indaga. Eles estão perguntando se vendo bebida alcoólica e é claro que não vendo. Mas como o coronel encontrou um cidadão aqui dentro que estava bebendo na arquibancada, ele induziu isso, mas aqui não vende, só do lado de fora. Isso está registrado no JECRIM. Desde que nós assumimos, o próprio restaurante do Vasco fecha a venda de bebida duas horas antes da preliminar e só reabre a venda duas horas depois do jogo. Todos os questionamentos serão respondidos ao Ministério Público"
Torcidas organizadas
"Torcidas organizadas não foram criadas para ser um problema. Se o cara tem confronto na rua, não sou eu que vou resolver isso. Eu quero que alguém me explique como a torcida suspensa pelo Ministério Público e impedida de entrar ao estádio, está dentro dele. Não pode entrar faixa e nem camisa deles. Aquele que for identificado tem uma multa, mas não sou eu que tenho que identificar. Eu só atribuo isso tudo a incapacidade dele de resolver esse problema da torcida organizada. As torcidas não possuem salas em São Januário.Esses torcedores entram lá no dia do jogo descaracterizados e compram seu ingresso. Agora eu que vou impedir que eles briguem seja lá em qual lugar for? Mas se a própria policia que é encarregada convoca os torcedores para conversar. Eu só quero que me expliquem isso"
Maracanã
"O Vasco joga no Maracanã em condições igualitárias. E contra o Fluminense são duas condições, no sentido de ter os direitos iguais, mas também o nosso lado da torcida. Isso não é passível de acordo".