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Confira a íntegra da nota de José Henrique Coelho sobre a penhora de rendas

Notícia deturpada da Rádio Tupi e lembrança ao Presidente

Em razão da deturpada notícia veiculada pela rádio Tupi durante o jogo Vasco X Ponte Preta, cujo jornalista não buscou a confirmação com o V.P. Financeiro do clube, Sr Nelson Rocha, ou diretamente comigo, quero desmentir a informação da minha ida ao clube acompanhado de dois oficiais de justiça para executar uma penhora e esclarecer, mais uma vez, o assunto desta ação na justiça contra o Club de Regatas Vasco da Gama desde 2003.

Como faço freqüentemente, neste sábado fui ao jogo. Quando cheguei ao clube encontrei e cumprimentei diversos amigos. Sentei-me no mesmo camarote de sempre, ao lado de outros amigos. Levei neste jogo um “pequeno” vascaíno. Deixo claro desta forma que não acompanhei, vi ou sequer sabia da presença de qualquer oficial de justiça no clube. Minutos antes do jogo começar encontrei o V.P. Financeiro Sr Nelson Rocha em frente à entrada principal quando ele me informou que recebera cedo um mandado de penhora, referente à execução de sentença, de uma indenização, na ação que me reintegrou ao quadro social do clube, após ter sido expulso pelo ex-presidente.

Este assunto só deveria ter importância diante da negligência do atual presidente do clube em negociar a proposta formal de acordo judicial que apresentei no dia 18 de março, quando reafirmei a intenção de não receber qualquer valor que a justiça determinasse nos processos onde fui vitorioso contra a administração do ex-presidente. Na proposta abria mão de receber cerca de R$ 70 mil do clube em troca da atual administração pagar a importância de R$ 9,7 mil ao ex-presidente do Conselho Deliberativo como indenização, na única ação onde no trabalho de oposição a antiga administração, fui condenado (ainda que a informação divulgada fosse correta: litigância de má fé do advogado). O acordo daria ao clube uma economia de R$ 60 mil reais. A falta de decisão do atual presidente em relação ao acordo após 64 dias, me obrigou a pagar a referida indenização aquele seguidor do ex-presidente. Diante da omissão do atual presidente os processos seguiram o seu caminho na justiça. Relembro ainda que as despesas que paguei referente à manutenção de todas as 17 ações durante a perseguição organizada pelo ex-presidente e seu grupo me custou R$ 38,7 mil, mas resultou na sua derrubada. Quero também lembrar que nenhum sócio, conselheiro, benemérito ou grande-benemérito se expôs a tamanhos riscos e por inúmeras vezes, durante todo o período de oposição ao ex-presidente.

Quanto ao valor penhorado, próximo a R$ 20 mil, quero relembrar que o atual presidente só com o nepotismo, a “parentada” que emprega no clube, cunhado e sobrinho em salários e com o genro no faturamento da sua empresa, gasta por mês a importância de R$ 30 mil, ou nestes doze meses cerca de R$380 mil, sem incluir ainda os custos os encargos sociais, pois continuam sem ser recolhidos.

Existiram outros casos de indenização a outros conselheiros. O atual V.P. Financeiro, Sr. Nelson Rocha também recebeu do clube indenização similar no seu processo de expulsão, o mesmo acontecendo com o conselheiro Agostinho Taveira, hoje “diretor” do clube para a distribuição de ingressos as torcidas organizadas, que recebeu ainda mais, R$ 30 mil, sendo que neste caso ele nunca pagou aos dois advogados da sua ação e ainda recebeu as sucumbências do processo que pertenciam ao advogado.

Ao contrário do presidente, posso falar abertamente da sua pessoa, sempre muito cuidadoso com os seus familiares e amigos, mas faço contra suas intervenções administrativas as minhas críticas de maneira clara e objetiva. Muitas das suas decisões como presidente tem como linha de conduta os hábitos condenáveis de deputados e senadores sempre estampados diariamente nas capas de jornais pelo país: - nepotismo, favorecimento aos amigos em negócios em detrimento do clube, irresponsabilidade com as contratações, entre algumas já conhecidas. A falta de coragem para tomada de decisões é uma constante. Desde as mais simples, como: - quantas estrelas devem figurar na representação do clube, hoje temos seis estrelas na campanha de sócios e oito estrelas na camisa do clube, até outras questões mais complexas, como onde realizar os ajustes nas despesas e definir um plano estratégico.

Coerência sempre foi a minha linha de conduta à frente do MUV e provavelmente a razão da nossa vitória. O meu compromisso com as críticas a gestão anterior sempre foi uma questão de princípios e nunca de pessoas. Sempre fui contra o nepotismo, os favorecimentos, os maus negócios e as irresponsabilidades administrativas que levaram o nosso Vasco a atual situação, e continuo sendo. Olhar para traz nos faz lembrar dos compromissos assumidos com todos os vascaínos em campanha. Olhar para traz nos faz reler o Plano de Gestão elaborado por grandes vascaínos e hoje abandonado pelas decisões do presidente ou pela falta delas. Por ser contra os seus métodos administrativos e não acreditar na política adotada, renunciei em fevereiro e prestei contas. Sou contra estelionato eleitoral. Não lutei por oito anos para repetir os erros que criticava. Não conduzi por cinco anos a oposição para ser situação ou ter um cargo, mas sim para recolocar o Vasco entre os dez maiores clubes do mundo. O caminho escolhido não nos levará a esta posição. Sabíamos o que fazer e o Plano não esta sendo cumprido.

Mais uma vez reafirmo que nada poderá ser pior para os vascaínos do que a falta de esperança que existia com a administração anterior. Antes tínhamos a frente da administração do clube um “ditador” usurpador do Vasco, com um grupo de seguidores hipnotizados, despreparados ou interesseiros. Euricos nunca mais.

Hoje, com o clube reaberto, as esperanças se renovaram. Os vascaínos devem retomar o clube. Sejam sócios. O Vasco é nosso.

Basta ao presidente olhar para traz e manter suas promessas de campanha para reencontrarmos o caminho.

José Henrique Coelho

Fonte: -
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