Futebol

Confira a matéria feita pelo site da FIFA com Dedé

Quando um defensor precisa entrar em ação em um lance capital de uma partida e a plateia se levanta nas arquibancadas, presume-se que sua equipe vive uma situação de perigo. O close das câmeras de TV vai pegar muita gente descabelada, roendo aquele restinho de unha. No caso dos torcedores vascaínos, se o assunto são as intervenções do zagueiro Dedé, não será diferente: lá estão todos de pé, mas com uma inversão na expressão. O tormento dá lugar à euforia.

Isso acontece durante as frequentes descidas desse becão de 1,93m para o ataque. Ele faz um desarme e parte com a bola. Um marcador fica para trás, quem vem na cobertura não chega a tempo, e, num instante, o jogador está posicionado feito meia-direita ou centroavante para empurrar sua equipe para a frente, em busca de uma rara tríplice coroa– já campeão da Copa do Brasil, está na briga pelo Campeonato Brasileiro e pela Copa Sul-Americana.

“É o melhor zagueiro do Brasil!”, grita a torcida. Com sua combinação incomum de tamanho, rapidez e habilidade, parece que já foi promovido a outra categoria. Pelo segundo ano consecutivo, Dedé figura entre os três finalistas ao prêmio de craque do Brasileirão. Em 2010, disputou com dois meias ofensivos: Bruno César, hoje no Benfica, e o vencedor Darío Conca, hoje no Guangzhou Evergrande chinês. Nesta quinta-feira, foi avisado de que está novamente no páreo, agora ao lado de dois atacantes: a sensação Neymar, do Santos, e o veterano artilheiro Liedson, do Corinthians.

Vem lá de trás

“Isso de jogar para a frente vem comigo desde os tempos do Volta Redonda”, diz o jogador ao FIFA.com. “No Vasco, comecei a me lançar mais a partir do momento em que conquistei meu espaço. Mas eu costumava subir e, de vez em quando, marcava meus golzinhos no clube que me revelou.”

Os golzinhos seguem saindo. Neste Brasileirão, fez seis pelo Vasco. Em novembro, somando também confrontos pela Sul-Americana, já foram quatro, sendo uma grande ameaça no jogo aéreo. Entre os 50 artilheiros do campeonato nacional, ele é o único que vem de trás, incluindo aqui os laterais. E não é que esse seu comportamento ofensivo deixe a meta vascaína transtornada: com 38 gols contra, o time tem a segunda melhor defesa, superada pela do líder Corinthians (36). Qual o limite, então, para este carioca?

“Acho que, se um dia acontecer de jogar na Europa, vou aprender um pouco mais. Talvez posicionamento ou o contato com jogadores consagrados”, afirma. “O que ouço de muitos zagueiros que já fizeram história no futebol é que conheceram poucos da posição com a minha velocidade. A velocidade, com o passar dos anos, naturalmente diminui, mas, em contrapartida, vou adquirir experiência.”

Ganhando ou perdendo

Experiência de sobra Dedé encontra hoje no Vasco, num time cuja escalação, com Juninho Pernambucano e Felipe na meia-cancha, se sobressai no papel por sua técnica, mas que em campo também se destaca por uma determinação marcante. “Não sei se nosso time é o mais habilidoso, mas com certeza é um dos mais. Posso dizer também que é altamente competitivo, e não é por acaso que briga por mais dois títulos.”

Sem medir esforços, enquanto o líder Corinthians e o terceiro Fluminense vêm jogando apenas uma vez por semana nesta reta final, os vascaínos alternam os compromissos nacionais com os continentais da Sul-Americana, depois de já ter repetido essa dobradinha durante o primeiro semestre com a caminhada vitoriosa na Copa do Brasil. “Esse poder de superação ficou evidente em algumas oportunidades, e os jogadores não vão esquecer esse ponto positivo neste momento. Temos chances e vamos nos agarrar a elas”, afirma.

Talvez o maior teste por que passou o Vasco no ano foi o afastamento do técnico Ricardo Gomes, que sofreu um AVC em campo em agosto e teve de passar por um delicado procedimento cirúrgico. Hoje se recupera bem e, ainda que longe das atividades diárias, está mais presente para apoiar o auxiliar Cristóvão Borges, que assumiu a direção do elenco e manteve seu padrão de serenidade. “Foi muito difícil. Ninguém, alem de nós jogadores, acreditava que não íamos deixar a cair a peteca. Nesta reta final, voltamos a ter o convívio com o Ricardo Gomes, e esse é mais um fator motivacional para quem briga por dois títulos”, avalia Dedé.

“O time pode conquistar os dois, pode até perder os dois, mas nada vai tirar essa marca de competitividade que tem o Vasco de hoje. Para quem estava na Série B há pouco tempo, as coisas mudaram depressa”, completa. Sem dúvida, quando Dedé vai ao ataque com a bola dominada, essa arrancada vascaína parece ainda mais vertiginosa. Deixando seus torcedores sem fôlego, mas eufóricos.

Fonte: Fifa.com
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