O ex-presidente do Vasco Eurico Miranda participou do quadro "Chapéu" do "Programa Raul Gil" que foi ao ar no último domingo (03/06) pela TV Bandeirantes. Confira a transcrição das declarações do ex-dirigente vascaíno:
PROJETO SOCIAL DO VASCO
"Eu espero que eles não parem, né, o Vasco é uma instituição que tem como objetivo primeiro esse lado social. O Vasco foi fundado com duas finalidades, específicas, claras, uma... a primeira é dar oportunidade aos menos favorecidos que é esse lado social e a segunda competir em igualdade de condições com os outros, mas a primeira é dar oportunidade aos menos favorecidos, por isso que o Vasco... eu criei uma escola dentro do Vasco, eu tenho uma escola de primeiro e segundo grau com mais de trezentos atletas, lá moram, moravam, moravam... porque eu acho que eles estão mandando embora muita gente, mas moravam mais de trezentos, eu dava mais de setecentas refeições por dia. Evidentemente que a torcida gosta dos títulos e das conquistas, mas a gente nunca abriu mão desse lado social de dar oportunidade a efetivamente aqueles que não têm. E o Vasco pode ter um tropeço ou outro, mas volta sempre à sua grande finalidade."
ROMÁRIO
"Eu tiro. Eu vou tirar o chapéu porque eu tive, nesses 40 anos que eu tenho de futebol e de lidar com atleta de futebol, sem dúvida nenhuma o profissional que eu tive mais... com a personalidade mais forte, daqueles que é muito igual a mim, de não precisar escrever, de cumprir, de coisa no olho no olho, de aquilo que trata cumpre e foi um atleta excepcional e sem dúvida nenhuma o maior artilheiro dentro da área do futebol mundial. O nome dele é Romário."
EDMUNDO
"Esse é um outro atleta polêmico mas com muita personalidade, uma bela figura humana, teve problema na sua juventude mas superou eles todos, tem uma personalidade muito forte e é sem dúvida nenhuma um excelente jogador de futebol que é o atleta Edmundo."
FÁBIO KOFF
"Esse eu tiro. Nesses meus... repito, nesses meus 40 anos de esporte, eu convivi com muita gente e tive oportunidade de conviver com uma pessoa que até teve um comportamento excepcional, uma formação excelente, acho até que tá meio fora do meio e deu uma grande contribuição, primeiro ao seu clube e depois à associação que ele hoje preside, e eu tenho o privilégio de ser amigo dele, e é uma figura que vai deixar marcada a sua passagem no esporte brasileiro. É o Dr. Fábio Koff, presidente do clube dos 13."
SALÁRIOS ATRASADOS
"Se a preferência fosse pagar os que estavam trabalhando, ainda se leva em consideração, só que não pagou nem os que estão trabalhando nem os que demitiu. Acho que pelo menos não era e nunca foi comportamento adotado por mim e pelos que me antecederam no Vasco. Acho que isso é uma passagem que vai ficar esquecida, vão consertar isso. Não se procede assim com funcionários que se dedicam a uma instituição e pura e simplesmente se manda embora e se marca um dia pra pagar e depois diz: \"Não, vai procurar na justiça os seus direitos.\" Não está correto."
ELEIÇÃO DO VASCO
"As pessoas às vezes traem inconscientemente, acho que teve muitos traidores."
"Não, a eleição no Vasco não foi eleição. Aquilo foi... eu considero aquilo um golpe. Na verdade não houve eleição."
"Nós resolvemos... eu tive uma decisão do conselho de beneméritos de não participar de uma eleição que fosse imposta e que ela não fosse dentro do estatuto do Vasco, que fosse de fora pra dentro. E então a chapa que podia concorrer não concorreu, foi eleição de uma chapa só. Então foi uma eleição, praticamente uma eleição, pra um segmento e um segmento pequeno. Na história do Vasco nunca teve um número de votantes tão pequeno como foi nessa eleição em que chegaram a votar 900 pessoas e lá nunca teve menos de 3 mil, 4 mil... E pra mim passou a ser golpe."
MÁRCIO BRAGA
"Isso não tiraria se tivesse que dar oportunidade 20 vezes eu não daria porque ele tem uma formação totalmente distorcida do futebol, uma visão totalmente distorcida do futebol e tem o maior defeito que um homem pode ter: não cumpre aquilo que trata. E quem não cumpre aquilo que trata comigo não tem chance."
SENADOR ÁLVARO DIAS
"Esse é um senador que, querendo aparecer, há uns anos atrás, fez uma CPI, fez uma CPI do futebol. E claro que aquilo a finalidade era só eleitoreira, a finalidade era ver se ele conseguia... se juntou com outro senador chamado Geraldo Althoff e fizeram uma campanha violentíssima contra o clube, contra o meu clube e contra mim. Eu posso chegar hoje, depois de uma CPI dessas e com uma devassa enorme, e poder dizer que tudo que fizeram contra mim absolutamente não teve nenhuma conseqüência, todos os processos foram zerados, eu não tenho absolutamente nada, eu já não tinha nada a esconder e não tenho agora. E eu não tiro o chapéu pra esse cidadão porque ele usou um meio pra perseguir pessoas que não são os meios próprios que devem ser usados. Então com muito prazer eu não tiro o papel pra esse cidadão."
CANDIDATURA A GOIVERNADOR
(Eurico é perguntado se poderia algum dia se candidatar a governador.)
"Não, meu negócio é só Vasco. Sempre foi. Eu fui candidato duas vezes, me elegi duas vezes, pra deputado, deputado federal, e a minha campanha era só dirigida aos vascaínos, eles é que me elegeram. Eu não tive nenhuma outra proposta. Sempre minha ligação foi Vasco. Eu tenho coisas mais importantes pra tratar, por exemplo meus netos, que são minha grande alegria, do que pensar em me candidatar em qualquer tipo de coisa nesse sentido. E o Vasco é aquela paixão que me obriga a estar ligado ao Vasco.
POSSÍVEL VOLTA AO VASCO
"Não sei, um dia talvez.".
"Pode ser, eu acho que eu tenho muito a dar ao Vasco em termos de orientação. Agora presidir eu não sei, mas em termos de orientar. Se os que lá estivessem, tivessem a humildade de vir perguntar: \"Olha como é que pode ser, por onde você achar que deve ir?\" Mas eles não tem essa humildade e estão dando com os burros na água desnecessariamente."
MOMENTO ATUAL DO CLUBE
"Sabe o seguinte? Eu estou muito preocupado porque a gente quando compra, ou quer comprar uma quitanda, uma padaria, uma empresa, uma instituição qualquer que a gente vai assumir, a gente não precisa ter nenhum conhecimento daquilo que vai fazer, mas basicamente a gente precisa de uma coisa. Uma coisa chamada capital de giro, o capital inicial, pra você chegar ou pra comprar mercadoria ou pra pagar contas emergentes. Mas esse pessoal chega lá... não, primeiro disseram que tinham quinhentos patrocinadores e chega duro ainda pra pedir algum. Quer dizer, não há como você resolver o problema. Então o que acontece, chega mal, sem recursos e dizendo que o que tem não vale nada. Então o time de futebol perde a auto-estima. Um time de futebol quando perde a auto-estima, fica muito difícil. Porque aquele que comanda diz \"ah, vocês são muito fracos.\" Eu não vou contratar porque não tenho dinheiro, mas vocês são muito fracos. O que que eles podem esperar de um time quando eles dizem esse tipo de coisa. E se não tomarem cuidado, aqui vai o alerta, eu que tinha feito a jura de que enquanto eu estivesse vivo o Vasco não iria pra segunda divisão, se não reformularem o Vasco corre célere para a segunda divisão."
GOVERNADOR SÉRGIO CABRAL
"O Governador eu conheci ele menino. E realmente, é torcedor do Vasco e tal... dizendo que era torcedor do Vasco. Eu não quero nem entrar no mérito mas ele usa sempre politicamente determinadas coisas que não tem direito de usar. E uma delas é uma ascensão meteórica chegando a governador do estado, senador da República, mas usa determinados expedientes principalmente com relação ao meu Vasco que eu não admito. Uma delas é ele como governador de estado dentro de um pleito influir diretamente pedindo votos pra este ou pra aquele candidato. Um governador do estado não pode se meter dentro de uma política interna do clube."
RICARDO TEIXEIRA
"Não, eu não tiro pelo seguinte: eu conheci o Ricardo Teixeira em 1989 quando foi pra CBF, ele se candidatou na CBF, eu estava no Vasco e ele me chamou pra ser o diretor de futebol da CBF. A minha passagem na CBF... ele conhecia muito pouco dessa coisa chamada futebol, muito pouco, apesar de ser genro do Havelange, mas conhecia pouco. Eu tive uma passagem na CBF de seis meses, nesses seis meses iniciais na CBF, nós conquistamos depois de 40 anos a Copa América, classificou a seleção Brasileira para a Copa do Mundo e eu criei uma competição que é sucesso até hoje que é a Copa do Brasil. Depois saí porque tive que fazer uma opção entre a CBF e o Vasco, e sempre na minha vida quando eu tive que optar entre alguma coisa e o Vasco eu optei pelo Vasco. E saí, aí infelizmente o seu Ricardo Teixeira não soube reconhecer o trabalho que eu desenvolvi lá. Depois como deputado, fui seu defensor na CPI contra a CBF na Câmara, especificamente contra ele, e ele não soube ser reconhecido. E a grande virtude de um ser humano é o reconhecimento e o seu Ricardo Teixeira não é reconhecido e eu não tiro o chapéu pra ele."
PELÉ
"Eu não tiro o chapéu pro Pelé, porque eu por acaso eu o vi jogar, e foi realmente um fenômeno, continua com seu nome no mundo todo. Mas ele prestou o maior desserviço ao futebol brasileiro e aos clubes de futebol do Brasil, que são a célula mater do futebol com a criação dessa sua lei, a lei Pelé. A lei Pelé criou uma tal situação dentro do futebol brasileiro, causou uma lesão tão grave aos clubes de futebol que eles ainda não conseguiram se recuperar desde a época que foi promulgada essa lei. Nessa época eu estava no congresso, tentei fazer a maior oposição possível, ela viria muito pior do que veio, mas essa lei tirou dos clubes aquilo que eles tinham de mais importante que eram os seus atletas de futebol, a formação de atletas de futebol e deu pra empresários, deu pra empresários estrangeiros virem tomar conta como estão tomando conta da maioria dos jogadores do futebol brasileiro que estão começando, não é jogador consagrado não. Essa lei favoreceu os jogadores já consagrados e prejudicou aqueles que efetivamente estavam começando e atingiu violentamente os clubes. Por isso, não tiro o chapéu para o Pelé. Foi aí que surgiram os empresários, passou a ser o grande negócio, o empresário é dono do jogador é dono do passe do jogador. O empresário chega no clube e fala assim para um garoto de 14 anos: \"O meu jogador\", você tem um atleta no clube, que você começa com ele com 9 anos, ele chega e diz: \"Esse jogador é meu\". Depois de ele passar 7, 8 anos no clube, ele não é do clube, ele é do empresário. O empresário vem e diz: \"Esse jogador é meu\". Fruto dessa lei perniciosa que veio realmente prejudicar e muito os clubes de futebol do Brasil. O jogador já consagrado, com a lei anterior ou com essa, é igual, porque o jogador já consagrado já sabe pra onde vai, o que quer, pode exigir, pode dizer \"não vou\", \"não quero". É a história do passe, o passe favoreceu, aí sim, aí favoreceu ao jogador consagrado. Você tem no caso do passe 90% dos jogadores do futebol brasileiro não ganham 2 salários mínimos. Então eles na verdade, têm aquele negócio não como trabalho não, aquilo é um emprego. Quando você abole essa história do passe, o que aconteceu? Os clubes passaram a fazer contratos de três meses e eles ficam é desempregados e o que aconteceu foi um desemprego. Agora, embaixo, na formação, nos clubes, no meu caso o Vasco, com 9 anos o jogador já começa a ter a formação no clube, só que o clube não tem direito nenhum sobre esses atletas, o empresário chega, dá uns trocados pro pai e passa a ter um documento em que o jogador passa a ser dele e ele passa a negociar. Ainda bem que agora a Fifa proibiu a transferência antes dos 18 anos, mas eles continuam pertencendo a empresários e não aos clubes. Os clubes têm um patrimônio que responde pela suas dívidas, mas os clubes sempre tiveram na formação do atleta, formava o atleta e depois na negociação do atleta eles arrumavam o seu caixa e começavam tudo de novo. Sempre foi assim, essa é a história do futebol, de repente eles perderam isso tudo. Pra você ter uma idéia, o Vasco tinha 55 e milhões no seu ativo, relativo aos passes de jogadores. Quando veio essa lei virou tudo zero. Houve uma perda de 55 milhões."
PRESIDENTE LULA
"Olha, eu não quero entrar no mérito da política do Lula. Eu quero entrar só no comportamento. O brasileiro, ele troca, troca de mulher, troca de partido político, ele troca de religião, eu acho que o brasileiro no fundo no fundo, ele troca, troca. Ele gosta de trocar. Eu por exemplo sou uma exceção nesse negócio, pelo menos em mulher, eu não troquei a minha a 50 anos. Os que trocam não tem nada de mau, eu até não deixo de tirar o chapéu para aqueles que trocam porque eu vejo isso como uma coisa normal. Mas, brasileiro não troca de clube. Brasileiro não troca de clube, se você torce por um clube, efetivamente torce por um clube, não troca. E o presidente Lula, por interesse político, ele era vascaíno, nasceu vascaíno, torcia pelo Vasco, por interesse político passou a torcer pelo Corinthians. Não se torce pra duas coisas, no futebol só se torce pra um, doutor. E como trocou, não sei se ele troca outras coisas também, eu não tiro o chapéu. Torcedor de futebol só torce pra um clube, não torce pra mais de um. Torcedor mesmo, torcedor só torce pra um e não muda. Tem uns que dizem que são torcedores, tem o caso por exemplo do Chico Anísio: \"Um dia eu torci pelo América, um dia eu torço pelo Vasco...\" Ah, isso... tá de brincadeira. O Lula era vascaíno, lá em Garanhuns em Pernambuco, nem conhecia o Corinthians, mas aí veio pra São Paulo, orientadores políticos, Corinthians era o... porque tem que torcer pra um time que... Ele era vascaíno e agora virou corinthiano por interesse político, ponto."
ROBERTO DINAMITE
"É, eu fiz muita coisa por esse... Eu não tiro o chapéu pra esse, pra esse... senhor que ele agora já é um senhor, ele é um senhor. Eu conheci menino, mas não tiro porque eu disse que a maior, na minha opinião, a maior virtude que um ser humano pode ter é o reconhecimento e isso esse rapaz não tem. Esse rapaz não tem reconhecimento e esse rapaz infelizmente foi, sem dúvida, um ídolo no Vasco, jogou... eu na época como dirigente fiz muita coisa, muita coisa, para que ele efetivamente pudesse se transformar em um ídolo, claro que dependeu dele no campo também, mas foi em uma época que tinha o Zico no Flamengo e eu criei, eu quis criar aquele que ficasse, fosse e pudesse antepor ao Zico no lado do Flamengo. Esse rapaz foi negociado pra Espanha, já tinha assinado com o Flamengo, eu fui lá, não deixei acontecer, trouxe de volta para o Vasco. Fiz ele encerrar a carreira de uma forma digna, campeão no Vasco, fui eu que o trouxe, que o coloquei pra terminar com uma forma digna. O iniciei na política, o elegi pela primeira vez quando ele se candidatou para vereador e depois quando ele se candidatou a deputado estadual ele se elegeu na minha esteira... e criou um episódio como se eu tivesse feito alguma coisa a ele, o episódio da tribuna que mandei retirá-lo da tribuna de honra do Vasco com o seu filho... um negócio criado não sei por quem para justificar algo dirigido diretamente contra mim. Eu nunca me preocupei em dar qualquer tipo de explicação com relação a isso, acho que aconteceu pro Vasco algo muito preocupante, porque efetivamente ele não estava absolutamente preparado para assumir a presidência do clube. Porque não se assume uma presidência de um clube dessa forma, você não pode assumir a presidência do clube sem ter conhecimento efetivamente de como é que as coisas acontecem. Aquilo tem uma escada para subir, você tem que ter sido... eu comecei como diretor de cadastro, passei por todos os cargos dentro do Vasco para depois virar presidente. Isso depois de passar 30 anos como ocupando outros cargos no Vasco para depois ser presidente do Vasco. Você não pode chegar de pronto e assumir uma presidência de uma instituição como o Vasco sem ao ter pelo menos administrado a sua própria casa. O Roberto Dinamite nunca administrou absolutamente nada e efetivamente não estava e não está preparado para assumir o Vasco. Lamentavelmente pro Vasco. E ele não teve a personalidade para que ele mesmo analisasse que não era, que ainda não tinha condições de assumir o Vasco. Infelizmente, através daquilo que eu considero um golpe, assumiu e o Vasco terá sérios prejuízos. Por essa razão eu não tiro o chapéu."
FAMÍLIA
"Raul, você me conhece há muitos anos. Eu não tenho... eu não sou melhor do que ninguém, sou cheio de defeitos igual a todos os seres humanos, uns tem menos, outros tem mais. Mas eu tenho, eu sou um homem sem vícios, por quê? Pelo seguinte: porque eu tenho um negócio enraizado em mim, um negócio que a gente não sabe como é que fica quando recebe, que é o Vasco. Então tem duas coisas na minha vida, que é a minha família e o Vasco. E eu tive a sorte... além daquele que está sempre lá em cima me protegendo... então eu quando eu falo da minha família, quando eu falo do Vasco, a gente às vezes se emociona."
RESPOSTA ÀS MANIFESTAÇÕES DAS PESSOAS
(Várias pessoas são entrevistadas nas ruas do Rio de Janeiro. Algumas "tiram o chapéu" para o Eurico, outras não. Uma delas diz que Eurico representa a corrupção.)
"Deixa eu te dizer uma coisa. Eu tô muito habituado a isso. Na verdade, o grande problema é a desinformação e a distorção da informação e a falta de informação. Uma mentira repetida muitas vezes se transforma em verdade. Eu não quero lembrar aqui muitas vezes mas não posso deixar essa oportunidade. Você sabe que eu enfrentei a rede de TV mais poderosa desse país, quando eu em sinal de protesto eu botei a imagem de outra emissora de TV no uniforme do meu clube e isso foi transmitido para o Brasil inteiro. Então eles nunca me perdoaram, nunca me perdoaram e há uma campanha sistemática da mídia em relação aquilo que eu represento, qual é a maneira que eu penso. Então eles colocam, você vê que teve ali um... que disse que eu represento a corrupção. Que jogaram isso na mídia, agora você fala em corrupção e eu não tenho uma condenação, eu fui sacudido assim, assim, assim e não encontraram nada contra mim e não nomeei uma pessoa, uma. Nunca mexi com um centavo do dinheiro público, desafiei eles todos, todos. E no final eu viro símbolo de corrupção? Por quê? Porque a mídia acha que é isso, que eu não me submeto a determinados veículos de comunicação, eu não me submeto a determinados escribas, eu não me submeto a metidos a intelectuais, que na verdade são intelectualóides. E por essa razão você cria uma imagem no chamado povão como você fala. Agora, o que eles não me tiram e não podem me tirar, não têm condições de tirar, é aquilo que a maioria não tem, é o amor pelo seu clube e eu tenho uma paixão pelo meu clube enorme."