Invicto há 14 jogos, o Vasco começa 2016 com apetite suficiente não só para superar a maior sequência sem derrotas desde de 2011 — 20 partidas, em uma temporada na qual foi campeão da Copa do Brasil e vice do Brasileiro —, mas, principalmente, conquistar o bicampeonato carioca, um feito que não ocorre desde o tri estadual de 1992/93/94.
Para quem terminou 2015 amargando o terceiro rebaixamento da história nos últimos oito anos, os números comprovam que a situação mudou da água para o vinho. Desde que o técnico Jorginho assumiu a equipe, em agosto, substituindo Celso Roth, dirigiu a equipe 32 vezes: foram 15 vitórias, 11 empates e seis derrotas, um aproveitamento de 58,33% dos pontos.
Este ano, a campanha é ainda melhor. Em nove jogos, o Vasco venceu sete e empatou dois, com aproveitamento de 85,18%. Prova maior que o vento voltou a soprar a favor na Colina é que o Vasco não sabe o que é sofrer uma derrota há quatro meses e 14 dias. O último revés foi no clássico contra o Fluminense, por 1 a 0, no segundo turno do Brasileiro de 2015. De lá para cá, a equipe conquistou 10 vitórias e empatou quatro vezes.
Um dos segredos do trabalho do técnico Jorginho foi ter melhorado os sistemas defensivo e ofensivo. Ao contrário do ano passado, quando o Vasco terminou o Brasileiro com o segundo pior ataque da competição (28 gols em 38 jogos), este ano os números são animadores.
Em nove jogos do Carioca, já foram marcados 20 gols. Riascos é o melhor exemplo desta evolução. Enquanto no Brasileiro de 2015 o atacante balançou a rede quatro vezes em 26 jogos, este ano, em sete partidas do Carioca, já fez seis gols. Mesmo satisfeito com a evolução do time, Jorginho quer mais.
“Estamos trabalhando ao longo do campeonato situações de jogo, construções de jogadas. Mas precisamos ser mais efetivos nas oportunidades que têm surgido”, analisou o treinador.