Pablo foi promovido aos profissionais do Vasco por falta de peças de reposição na lateral esquerda. Volante de origem, o jogador, de apenas 19 anos, acabou improvisado no setor e estreou no time de cima na semifinal da Taça Rio, contra o Fluminense. O pênalti que parou na trave na disputa decisiva não tirou o seu ânimo e nem a sua moral na equipe da Colina. Com a saída do técnico Alfredo Sampaio e a chegada de Antônio Lopes, ele ganhou nova motivação e não demorou a ganhar oportunidades, ora em sua posição original, ora no setor esquerdo.
O garoto nascido em São João Nepomuceno, no interior de Minas Gerais, tem contrato com o Vasco até janeiro de 2009. E foi com desenvoltura que ele falou de seu relacionamento com Edmundo, da versatilidade em campo e das chances que vem tendo no time profissional.
As oportunidades na equipe profissional do Vasco chegaram muito cedo? Elas o surpreenderam de alguma maneira?
Graças a Deus que a chance chegou. Fico feliz e continuo trabalhando para seguir tendo oportunidades. O professor pode contar comigo. Estou acostumado em jogar em muitas posições e as chances que apareceram não me surpreenderam. Eu trabalhei muito para que isso acontecesse.
E como você se tornou esse atleta versátil?
Comecei no Olaria, mas em todos os lugares em que joguei, sempre foi assim. As pessoas me chamavam para jogar em uma determinada posição, e eu ia bem. Me chamavam para jogar em outra, e o desempenho também era bom. Sempre tive facilidade para isso.
Quem é a sua fonte de inspiração?
Me inspiro no Jorge Luiz. Ele é determinado e me influencia muito. Gosto do jeito dele jogar, de como ele parte para o ataque. Gosto muito do Romário também. Ele é um exemplo de homem, de jogador. O que ele fez pelo país não tem como esquecer.
A sua criação em casa o ajudou a ser um atleta diferenciado?
Claro que a criação me ajudou muito. O meu pai sempre me ensinou tudo. Ele me ensinou a jogar futebol, a tocar bem na bola. E ele sempre diz para eu ser diferente.
E como é o seu relaciomento com Edmundo?
O Edmundo me ensinou muito. Ele é experiente e foi um dos caras que me deram apoio quando perdi aquele pênalti contra o Fluminense. Além de ídolo, agora ele é um amigo.
Sobre a sua posição em campo, você não acha que o fato de estar sendo uma espécie de curinga pode atrapalhar de alguma forma?
Onde eu puder ajudar, vou ajudar. Se me derem um par de luvas, vou para o gol. Fico feliz de saber que o professor pensa em mim quando vai escalar o time. Onde o professor me colocar, estou jogando.