Dentro de campo, apesar da irregularidade da trajetória ao longo de 2014, o Vasco, agora em versão Papai Joel, vai se ajustando e tenta embalar contra o Atlético-GO em partida deste sábado às 16h10, em Brasília. Uma vitória pode até significar a liderança pela primeira vez nesta Série B. Mas para tudo seguir bem até o final da temporada, quem vai ter que redobrar esforços é a diretoria do clube. O contrato com a Caixa Econômica Federal terminou no dia 31 de agosto. O clube ainda tem a receber R$ 4 milhões, mas, antes, precisa resolver uma série de pendências que impactam no dia a dia. A mais séria: o Vasco tem que pagar quase R$ 5 milhões em impostos atrasados ao longo do ano para colocar a mão na última parcela da CEF e conseguir a renovação de contrato de patrocínio com o banco público.
Parte da solução dos problemas financeiros passa pelo novo Refis que alguns clubes brasileiros aderiram nas últimas semanas. A entrada do Vasco no novo programa de recuperação fiscal do governo federal, que vai alongar o pagamento em parcelas de boa parte das dívidas tributárias de cinco para 15 anos, depende da aprovação do acordo na Justiça, que ainda não saiu. No novo Refis, além das multas e dos juros serem perdoados, o que provoca um alívio significativo no total da dívida, há diminuição no impacto mensal do pagamento daquele de dívidas tributárias a cada mês. As dívidas mais recentes, referentes a impostos atrasados - o que impede, por exemplo, a renovação com a CEF neste momento -, também devem entrar, caso aprovados, neste programa de recuperação fiscal.
Com empréstimo recente pedido à Ferj e pouco crédito com bancos - ainda mais as vésperas da eleição de sucessão de Dinamite -, o clube ainda tenta recorrer a Umbro, que pagou R$ 4 milhões já gastos em pagamento de salário de junho, e estuda adiantar outras verbas, como de contratos de transmissão de jogos. Outra saída, a venda de jogadores, como os casos de Thalles e Luan, por enquanto não passou de especulações.
Sem entrar em detalhes, o vice-presidente de finanças do Vasco, Jayme Lisboa Alves, disse que as conversas com a Caixa "estão caminhando". O clube corre para resolver as pendências financeiras para acertar os impostos atrasados, receber a última parcela do banco público e pagar pelo menos um mês de salário - hoje, julho e agosto estão em aberto.
- Nossa prioridade é pegar esta última parcela, mas precisamos das certidões antes. Estamos estudando várias frentes - disse o vice-presidente, sem dar uma previsão para resolver parte dos atuais problemas vascaínos.