Ao contrário do dócil 2Pac, cão da raça Bernesi Mountain, que ele faz de gato e sapato, e deu o nome em homenagem a um cantor americano de rap de quem é fã, Leandro Amaral quer soltar outra vez suas feras para cima do líder Flamengo, neste domingo, no Maracanã. Será seu primeiro clássico contra o arqui-rival vestindo a camisa 11, ex de Romário, antigo carrasco rubro-negro. E fazer gols no Flamengo não é mistério para Leandro.
Nos cinco jogos pelo Vasco contra o time da Gávea, ele fez três gols. Em entrevista ao ‘Ataque’, Leandro fala do novo astral do clube, do presidente Roberto Dinamite, da paixão por cães, e diz por que aposta na vitória sobre o líder do Brasileiro.
Que fera é essa?
Fera, nada. Ele não faz mal a ninguém. É meu amigão, como um filho de 5 anos. Sábado, a família foi para São Paulo e ele é minha companhia.
Sua mulher, Tatiana, e os trigêmeos Filippo, Lorenzo e Valentina não têm medo dele?
A gente faz gato e sapato dele. É muito carinhoso. Às vezes, deita até na nossa cama! Botei o nome de 2Pac porque gosto de rap e sou fã desse cantor. Tenho sete CDs dele. Ainda tenho um West Terrier, em São Paulo.
Qual seu segredo para fazer gols no Flamengo?
É me movimentar bastante, estar bem posicionado e surgindo a chance, fazer o gol.
E a primeira vez com a camisa 11 contra o rival?
Espero que traga bons fluídos para fazer meu primeiro gol com ela, porque quem a usava (Romário) fez muitos gols no Flamengo.
O Vasco ainda não ganhou em seis clássicos neste ano. O significado da vitória aumenta?
O significado é total, porque vai nos dar ainda mais confiança. Goleamos o Sport, mas o torcedor quer ganhar clássicos. Ainda mais em cima do Flamengo, para não ser gozado na rua.
Qual a projeção de vocês para o time entrar na faixa da Libertadores?
Vivemos um astral muito bom. O esquema com três atacantes dificulta para os adversários. Subimos sete posições. Se vencermos Flamengo e Goiás, embalamos de vez, tendo até uma gordura para queimar, num futuro tropeço.
A noitada dos jogadores do Fla pode favorecer o Vasco no clássico?
Lógico que se ganharmos, vamos complicar ainda mais para eles, vira crise. Mas, se vencerem, abafa tudo.
Concorda que eles foram inconseqüentes?
O atleta tem de tomar cuidado, não se expor. Ele tem responsabilidade com o clube, os fãs e a família. Todos o que o têm como exemplo.
Como é o Vasco de Roberto Dinamite?
Bem diferente do anterior, com o Eurico (ex-presidente). O Roberto nos dá força. Vai ao vestiário, incentiva até na derrota (contra o Figueirense) e há liberdade de expressão.
E o Al-Rayan, do Catar?
Sonho jogar no exterior, mas não recebi nenhuma proposta. O meu problema no Vasco era somente com o Eurico e até admito renovar contrato no fim do ano.