Na noite desta segunda-feira(06/10), a Rádio Manchete entrevistou o candidato à presidência do Vasco, Roberto Monteiro, da chapa Identidade Vasco, e discorreu sobre alguns assuntos referentes à sua campanha. Confira a seguir.
Por que ser presidente do Club de Regatas Vasco da Gama?
“Eu tenho programa, projetos, tenho raízes, conheço o Vasco, as pessoas do Vasco, as pessoas do Vasco me conhecem, tenho chapa completa, aliás, cortei 40 nomes da minha chapa após o adiamento da eleição de 6 de agosto. Se a eleição fosse amanhã, eu teria chapa para apresentar, tenho o nome do candidato para a presidência da Assembléia Geral e o vice, tenho os nomes dos meus vice-presidentes, desde 15 de dezembro de 2012 lançamos o manifesto que dizíamos que o Vasco não podia chegar a este estágio em que hoje se encontra. Temos nos reunido de quinze em quinze dias com a nossa chapa e fiz trinta e seis reuniões ao longo de 2013 para formatar um programa do qual foi sedimentado por vários sócios e que eu tive a oportunidade de mandar para todo sócio por meio da mala direta.. Apresentamos nossa proposta para ser criticada, aperfeiçoada, enfim, tratando o Vasco num alto nível de debate.”
Quais serão suas primeiras providências a serem tomadas ao assumir a presidência do clube?
“O importante é ter um diagnóstico célere, não temos todos os números e teremos que fazer um diagnóstico célere, mas uma coisa é providencial, o enxugamento dessas despesas, vamos ter que fazer um impacto na gestão do ponto de vista de entender que não podemos ter um gasto que não seja necessário para o Vasco, isso é a primeira providência. Obviamente vamos ter um diagnóstico,vamos ter que estudar todos os contratos, veremos quais são leoninos ao Vasco, quais têm prejuízo ao Vasco, iremos rever esses contratos e conversar sobre essas pseudo-dívidas, principalmente no apagar das luzes dessa gestão. Paralelamente a isso, temos uma equipe que está empenhada nisso, iremos ter medidas de curto, médio e longo prazo.”
Que medidas adotará quanto à recuperação financeira da instituição?
“Não estamos propondo nenhuma mágica, o importante saber é que alguns clubes, o Vasco não foge disso, está dependendo do que está tramitando no Congresso Nacional, que é a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, mas não sabemos como vai terminar . A presidenta Dilma já se comprometeu com os clubes em assinar a medida provisória que trata da matéria. Essa medida vai ser fundamental para a saúde financeira dos clubes, o problema do Vasco não é aumentar sua dívida ou trocar dívida antiga por nova, as pessoas esquecem de quais garantias vão ser dadas. O Vasco aumentou sua receita após a saída do Eurico Miranda, mas aumentou imensamente as despesa e continuou fazendo dívidas e assumindo compromissos que não sabemos do que esses vão gerir para o Vasco no futuro. Em 2015 todos os contratos televisivos vão ser revistos, essa previsão é para todos os clubes, dizem que a média de aumento desses contratos vai variar de 60% a 70%, claro que o Vasco tem que estudar e ter medidas que não dependam só do contrato televisivo, temos que trazer novos patrocinadores, novas fontes de receita e tratar o Vasco com seriedade para que a marca Vasco seja valorizada por aqueles que querem injetar e botar dinheiro no futebol. Vamos procurar trazer receitas com o pé no chão, sem coisas mirabolantes .”
Possui projeto para modernização de São Januário? O que seria o centro de excelência?
“Isso está também no nosso programa. Hoje o estádio de São Januário suporta 17 mil torcedores, temos uma meta, não sei se isso será viável, temos que ser responsáveis pelo que falamos, é possível botar o Vasco com capacidade para 34 mil torcedores, é uma meta a ser perseguida, não acho que isso talvez seja realizável ao longo dos 3 primeiros anos, digo isso em função de todos os problemas que vamos encontrar e iremos ter algumas prioridades, não adianta prometermos que vamos reformar São Januário, melhorar o time de futebol, sanear as dívidas, equacionar todo nosso departamento de futebol para tornar o time de primeiro mundo. A prioridade da nossa gestão é nosso centro de excelência para o Vasco, vai ser de primeiro mundo, e vai ser como foi São Januário na época de sua construção, vai ser construído pelos vascaínos. O Vasco tem um terreno em Vargem Grande, que é uma concessão da prefeitura, de 50 anos mais 50 anos, já está aprovado e é um espaço de 58 mil metros quadrados e tivemos responsabilidade de produzir um documento para chegar às mãos dos sócios, que retrata como vamos resolver o problema do centro de treinamento, de como o time vai ser cuidado, hoje há despesas de hotelaria, com esse centro vamos resolver esses problemas e dar um suporte a um time de primeiro mundo. Esse centro vai ser construído pelos sócios, é um projeto igual a São Januário e em função desse projeto iremos apresentar um comitê gestor que vai tocar o projeto durante o período de 3 anos , iremos lançar títulos aos sócios, não é vaquinha, são títulos de benfeitores remidos, que terão que ser aprovados no próprio Conselho Deliberativo. Com a venda de 5 mil títulos a R$ 5 mil em 10 prestações de R$ 550 ou o pagamento à vista, vamos ter receita suficiente para viver esse segundo grande momento da história do Vasco, construído pelos próprios vascaínos.”
Como será sua relação com as torcidas organizadas?
“Será uma relação institucional, e nossa prioridade será o sócio do Vasco. Não vai haver ingresso, compactuação de dar ingresso em benefício de organizada, ingresso com facilidade é para sócio, o sócio do Vasco está em primeiro lugar, sou de uma geração que pagava seu ingresso, não tenho problema nenhum quanto a isso e tenho autoridade para falar, outros não, talvez precisem compactuar, serem simpáticos. Temos que incentivar ao bons torcedores, as viagens, mas temos que tratar isso institucionalmente, de uma vez por todas, temos que criar um mecanismo para que se associem ao Vasco e, sendo sócios, tenham os mesmos direitos que o sócio comum do Vasco.”
Por: Cesar Augusto Mota