Para garantir a segurança dos torcedores que comparecerão nesta quarta-feira em São Januário para o primeiro jogo da final da Copa do Brasil, contra o Coritiba, o Vasco monta uma operação de guerra. O presidente Roberto Dinamite, o vice de patrimônio Frederico Lopes e o vice médico Manoel Moutinho estiveram reunidos com representantes da Polícia Militar, da Guarda Municipal e do Corpo de Bombeiros para assegutar a integridade de quem for ao estádio.
A assessoria do clube soltou nota oficial pedindo que o torcedor chegue cedo para evitar transtorno nas bilheterias e ruas próximas a São Januário. Os portões serão abertos às 18h50, três horas antes de a bola rolar. Uma das maiores preocupações é com os torcedores que ficam fora do estádio bebendo e resolvem entrar faltando 15 minutos para o início da partida. Tanto que o comércio ambulante está proibido nesta quarta-feira. Nos últimos jogos, as cenas de tumulto vêm se repetindo. E pior: a confusão sempre acaba o uso do gás de pimenta para dispersar a multidão.
Entre para a Torcida Virtual do Vasco e convide seus amigos
A Polícia Militar vai colocar um efetivo de 200 homens nas cercanias do estádio. A partir das 13h, as Ruas Francisco Palheta e General Almério de Moura serão fechadas para o trânsito. Para ter acesso ao portão 18, os sócios precisam chegar pela Rua Ferreira de Araújo. O policiamento dentro e fora do estádio terá homens do Grupamento Especial de Policiamento em Estádio (Gepe) e 40 guardas municipais. Também trabalharão dez controladores urbanos e 30 integrantes do Corpo de Bombeiros. A chegada da Polícia está prevista para as 15h.
A segurança da torcida do Coritiba será feita pela Polícia Militar a partir da Rodoviária Presidente Dutra. Tudo para evitar que cenas como as de 2003 se repitam. No dia 25 de setembro daquele ano, Vasco e Coritiba se enfrentavam em São Januário pelo Campeonato Brasileiro. O time carioca venceu por 2 a 1, gols de Edmundo e Danilo Edu Sales descontou. Mas a nota triste do jogo foi o ato de selvageria da torcida vascaína contra os jogadores do Coritiba.
Quando os atletas do time paranaense aguardavam já dentro do ônibus para deixar o estádio, foram surpreendidos por dezenas de integrantes de uma facção organizada que entraram por um dos portões de acesso - entrada facilitada pela segurança, que fez vista grossa, já à época o clube utilizava alguns membros da mesma facção para serviços gerais. Os jogadores foram violentamente agredidos. A briga só terminou porque o segurança do então vice de futebol José Luiz Moreira sacou o revólver e efetuou alguns disparos para o alto. O caso foi registrado no 4º BPM, em São Cristóvão.