Confira um resumo da carreira de Diego Souza, possível reforço

O futebol brasileiro é uma máquina de formar craques. Mas às vezes alguns deles acabam saindo com pequenos (e graves) defeitos. Diego Souza é um ótimo exemplo de um bom jogador que não soube aproveitar as grandes chances na carreira. Conquistou títulos, ganhou dinheiro, contabilizou uma ou outra convocação para Seleção Brasileira, porém, se contentou com o mínimo.

Revelado pelo Fluminense, Diego Souza não demorou muito para despertar o interesse do Benfica. Contratado pelo clube português em 2005, sequer foi utilizado na primeira passagem. Foi praticamente ignorado pelo técnico holandês Ronald Koeman. Emprestado ao Flamengo, também decepcionou.

A segunda chance em Portugal chegou um ano e meio depois. A pedido do técnico Fernando Santos, retornou à Luz, mas, novamente, deixou a desejar, sendo testado apenas em algumas partidas na pré-temporada de 2006/07. Os torcedores encarnados, cientes da qualidade do brasileiro, até hoje não entendem o verdadeiro motivo dele não ter sido melhor aproveitado. Muitos acreditam que os relacionamentos conturbados com José Veiga, ex-direitor de futebol, e o empresário Jorge Mendes, que intermediou a sua contratação, foram determinantes no seu fracasso. Outros simplesmente acham que o temperamento explosivo do jogador foi prejudicial desde o início.

Emprestado ao Grêmio, em 2007, o meia viveu a melhor fase da carreira ao ser comandado por Mano Menezes. Ele só faltou fazer chover no Olímpico. Valorizado, por pouco não retornou ao Benfica. Chegou a viajar para Lisboa e conversar com os dirigentes. Ficou apenas no quase. Semanas depois, graças ao aporte financeiro da Traffic, que desembolsou quase R$ 10 milhões para contratá-lo, foi parar no Palmeiras. Ao lado de Valdivia e Kleber, seguiu se destacando. Em 2009, foi eleito o melhor jogador do Campeonato Brasileiro. Mas uma hora ou outra a má fase bateria na porta. Em maio de 2010, após diversos jogos ruins, entrou em rota colisão com a torcida e a diretoria, sendo afastado da equipe pelo comportamento inadequado.

A saída do Palmeiras era inevitável. Dias após o afastamento, foi anunciado como reforço do Atlético-MG, que havia comprado 50% dos seus direitos pelo valor aproximado de R$ 6,6 milhões. Em Belo Horizonte, viveu altos e baixos, e nunca caiu nas graças dos torcedores. No começo deste ano, pegou a diretoria atleticana de surpresa ao pedir para deixar o clube por estar descontente com a condição de reserva.

Altos investimentos praticamente jogados do lixo. Três despedidas conturbadas (Benfica, Palmeiras e Atlético-MG) não podem ser meras coincidências. As qualidades de Diego Souza, de apenas 25 anos, seguem superadas pela sua personalidade forte e, certamente, seu desdém com o futebol. À procura de um novo craque, o Vasco da Gama aposta no jogador. Mas não acredito no sucesso…