O presidente do Vasco, Alexandre Campello, assinou nota da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) que demanda o retorno dos clubes às atividades esportivas. A Confraria se manifesta, com veemência, contra o constrangimento causado pelo mandatário vascaíno, ao vincular o nome do Club de Regatas Vasco da Gama a uma nota que contraria a história do clube.
O Vasco não é uma mera instituição esportiva. A brilhante história do clube é reflexo de uma riquíssima trajetória de preocupação com a sociedade que o cerca. Desde a Resposta Histórica, passando pela contribuição para o esforço brasileiro na Segunda Guerra Mundial, o Vasco da Gama sempre teve um sentido de prioridades. O momento atual é de controle de uma pandemia que atinge a sociedade como um todo, e é inconcebível que o clube se mostre insensível a ele.
A retomada das atividades esmorece os esforços de toda a população pelo controle da pandemia e coloca em risco todas as pessoas envolvidas nas atividades esportivas, como jogadores, comissão técnica, equipe médica e demais funcionários do clube. A volta aos treinos não pode ser mais importante do que a saúde dos indivíduos e nem dos esforços coletivos para o controle da crise sanitária, em uma cidade tão impactada quanto o Rio de Janeiro. O Vasco deve ser, como sempre foi, parte da solução e não do agravamento do problema.
Ser presidente do clube com a mais preciosa história social do futebol brasileiro não é para qualquer um. Campello não está à altura do cargo que ocupa.