Na noite desta terça-feira, Oeste e Vasco empataram em 1 a 1 na Arena Amazônia, em Manaus. Além da arbitragem, que protagonizou a partida e deixou o campo sob críticas após gol mal marcado, a torcida presente no estádio também chamou atenção. Depois da bizarra e polêmica "latinha voadora" que um torcedor lançou na cabeça de Fábio Santos após o gol, uma série de confusões pelas arquibancadas marcaram o resto da partida.
Ainda no primeiro tempo, logo após o gol mal validado pelo árbitro, Fábio Santos parte em direção à câmera para comemorar e é atingido por uma lata de cerveja. O torcedor que arremessou não foi identificado, mas o resto dos torcedores do mesmo setor tratou de "denunciar" o grupo e entoou o pedido à Polícia Militar, que logo foi acionada para impedir o início de uma confusão maior entre torcedores.
- Nós não tivemos acesso a imagens ou qualquer denúncia oficial sobre quem lançou o objeto em direção ao jogador. A torcida nos indicou um grupo de torcedores de azul (com camisas do Paysandu) que tem causado problemas desde o início da partida. Neste momento, estamos retirando os torcedores por precaução, para evitar que continuem a incitar confusões, como estavam fazendo. Já foram quatro, e há denúncia de outros grupos que estão incomodando torcedores comuns, que só querem aproveitar o jogo - comentou o Capitão Bruno, da polícia militar, responsável pela operação no estádio.
Na primeira "retirada" dois torcedores do Paysandu-PA, torcida aliada ao Vasco, são retirados e apontados pelos próprios torcedores como culpados pelo caso. Pouco tempo depois, outra confusão movimentou um setor ao lado da arquibancada. Desta vez, segundo relatos de torcedores mais pacíficos e da própria vítima, vascaínos e palmeirenses deram início a uma grande discussão. A vítima, no caso, era uma mulher, segurança de empresa terceirizada.
- Eu sou responsável por cuidar dessa passagem. Quando vi, por conta de uma discussão boba com seguranças que estavam no campo e tentavam retirar uma faixa da torcida, os torcedores se exaltaram e deram início a uma grande "muvuca". Quando olhei para o lado, vi algumas crianças bem no meio da confusão e fui defender, nisso, fui atingida com um soco no rosto e empurrada ao chão. Depois, me juraram de morte. Disseram que me procurariam. Não levei muito a sério, mas assusta. Trabalho com grandes eventos há muitos anos, mas entrar em uma briga de homens assim é bem assustador. Agora vou mudar de setor e esperar que alguém me substitua - relatou a segurança, que não quis ser identificada e não sofreu nenhuma grave lesão.
Até o intervalo, segundo informações da PM, três princípios de brigas entre torcedores - todos do mesmo time ou de torcidas aliadas - foram registrados e contidos. Até perto do fim do segundo tempo, mais de dez torcedores foram retirados da Arena Amazônia para "manter a ordem". Além dos dois episódios no primeiro tempo, a arbitragem e os seguranças ainda tiverem que lidar com mais uma latinha atirada ao campo - desta vez sem "vítimas", e um invasor.
- Foram várias situações diferentes e intensas durante o jogo. O uso da segurança foi bastante requisitado - concluiu o capitão da PM.