O torcedor vascaíno Daniel Rienda carregou a Cruz de Malta desde a infância, levou para os pódios de corridas automobilísticas pretende continuar demonstrando o seu amor ao Vasco. Pela primeira vez na história, o Gigante da Colina entra para as competições através da representação de um torcedor que pratica o esporte e usa a imagem do Cruzmaltino. Daniel explica como começou sua relação com o Club.
- A minha família é toda vascaína, desde meu avô, meu pai e principalmente meu padrinho. Sempre moramos no Rio e acompanhamos de perto os jogos do Vasco. O meu padrinho, Tuninho, era quem me levava desde criança para assistir aos jogos em São Januário e no Maracanã. O curioso é que foi ele, também, quem me fez gostar de automobilismo. Desde os 4 anos, ele me levava para assistir às corridas do irmão, que competia de Opala em provas regionais no antigo autódromo de Jacarepaguá. Assim, comecei também a acompanhar diversas corridas e até mesmo a Fórmula 1, tanto no Rio, nos anos 80, quanto em São Paulo, em Interlagos - conta o piloto vascaíno.
O piloto não escondeu a animação com o apoio do Vasco da Gama e recordou um dos momentos mais marcantes da vida dele de torcedor com o Cruzmaltino:
- São muitas lembranças que vivi com o Club. Uma, em especial, foi meu primeiro Vasco x Flamengo, na decisão do Campeonato Carioca de 1982, no Maracanã. Eu tinha 8 anos e ainda me lembro do gol do Marquinho após o cruzamento do Pedrinho Gaúcho, que deu o título ao Vasco. Na véspera da decisão, eu fui ao treino em São Januário e tirei fotos com os jogadores e também com o técnico Antônio Lopes. Foi um momento inesquecível, ter sido recebido com muito carinho por todos, mesmo num dia intenso, importante para o clube.
A história do Vasco dentro dos autódromos se cruzou, profissionlmente, com o caminho do Daniel que teve o apoio da instituição através de divulgações e autorização do uso da marca Cruzmaltina. Angels & Delvis é a Cervejaria artesanal que patrocina o piloto. A empresa é de Nova Friburgo e tem como sócia uma vascaína envolvida no projeto e, conjuntamente, motivada pela contruibuição do Vasco. O piloto tem como inspiração Nelson Piquet, torcedor ilustre do Vasco e tricampeão mundial de Fórmula 1.
Daniel recorda que já encontrou o ídolo vascaíno das pistas na categoria de base, a Fórmula Super-V. Ela foi uma evolução da Fórmula FVee, dos anos de 1970, quando o Nelson Piquet a disputava. Os profissionais que correm nesse grupo têm idades variadas. Jovens e pessoas com idades mais avançadas podem competir sem privilégios entre eles. As corridas são curtas, porém intensas e o grid não fica disperso na pista. O grid, para quem não conhece, é a marcação da largada. A competição também se destaca pela inclusão em relação as idades dos participantes.
Seguindo a ideia da inclusão, a torcida vascaína sabe muito bem o que é isso, pois a integração faz parte da história do Vasco desde o início da instituição. Daniel enfatiza que tem muito orgulho do Club que escolheu torcer, pois o Vasco se destaca nas lutas contra os preconceitos e, também, nos esportes olímpicos. O Vasco abre espaços em diversas categorias como: Natação, Basquete, Remo, Atletismo, por exemplo. O Cruzmaltino apresenta, mais uma vez, sua contribuição com as outras categorias além do futebol e respeita as diversidades dos segmentos, atletas e torcedores. Agora é possível prestigiar os, vascaínos, fãs de corridas de automóveis que irão poder torcer pelo piloto. Daniel, também, comentou sobre a sua corrida mais marcante.
- Em 2019, competi pela primeira vez na Copa ECPA. No meu primeiro treino livre, estava chovendo muito. Mesmo assim, fomos para a pista e eu fiz o tempo mais rápido. Fiquei muito feliz e animado por ter andado da frente de muitos pilotos, mais jovens e também mais experientes do que eu. Como somos todos amadores, nem sempre é possível ter recursos para correr todas as provas. Eu só consegui participar de três das oito etapas da competição em Piracicaba no ano passado. Meu melhor resultado foi o terceiro lugar na categoria Máster, que reúne os pilotos com mais de 40 anos - explica o piloto, antes de falar sobre os objetivos para as próximas competições:
- O meu objetivo este ano é competir todas as provas da Copa ECPA, onde o custo é menor do que na disputa do Campeonato Paulista, em Interlagos. A competição em Piracicaba deve ser iniciada nas próximas semanas, pois só agora o autódromo está sendo liberado em razão da pandemia do novo coronavírus. A previsão é realizar cinco etapas até dezembro ou janeiro de 2021. Se por algum motivo não for possível, vou tentar participar de mais algumas etapas em Interlagos. Já sou muito grato ao Vasco por ter me ajudado a fazer minha primeira prova em Interlagos. Será sem dúvida mais uma lembrança inesquecível na minha relação apaixonada com o clube.