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Conheça detalhes da carreira de Paulo César, ainda sem o Gusmão na assinatur

Sem Gusmão na assinatura, o goleiro Paulo César chega a São Januário para mais um dia de trabalho em 1988. O time que defende nos coletivos comandados pelo técnico Sebastião Lazaroni é sempre o reserva. Nos treinos, ele está acostumado a sofrer gols de Roberto Dinamite, ídolo consagrado, e de Romário, garoto prodígio com quem divide o quarto nas concentrações, mas não o interesse pelos estudos, pois PC destoa de todos do elenco por já ser formado em Educação Física.

Após 22 anos, a rotina dele é completamente diferente. Hoje apontado como um dos responsáveis pela recuperação impressionante do Vasco no Campeonato Brasileiro, o treinador teve o começo de sua História no clube escrita GILVAN DE SOUZA/11JUL2010 Paulo César, o técnico, é uma unanimidade em São Januário em linhas marcadas pela discrição.

Mais difícil do que fazer gols na defesa do Vasco atualmente é encontrar registros de imagem da passagem do goleiro Paulo César pela Colina Histórica. No centro de memória do clube, ainda em fase de montagem, não há nada, uma foto sequer do atual treinador com as luvas nas mãos. A primeira e única fotografia de PC é de 1992, quando, aos 30 anos, já era preparador de goleiros do jovem Carlos Germano. O técnico explica o motivo para tanto.

– Rapaz, você não vai encontrar nada porque eu só ficava no banco de reservas – disse, aos risos. De fato, não havia quem fosse capaz de tirar Acácio das fotos posadas.

Dono da camisa 1 do Vasco durante toda a segunda metade da década de 1980, o atual auxiliar técnico lembra do tempo em que a relação de forças era invertida. O convívio de um ano com PC deu origem à amizade e admiração pelo companheiro que mostrava visão diferenciada do jogo.

– Ele tinha a cabeça muito boa e inteligência acima da média. Por isso, conversava com todos do grupo, auxiliava e dava toques – lembra.

Já nos acréscimos da reportagem, duas fotografias do goleiro Paulo César vieram à tona. Durante a confusão na final do Carioca de 1988, ele voou com as travas das chuteiras para cima de Alcindo, atacante do Flamengo. No álbum de figurinhas da competição, ele também marcou presença.

Bate-bola com PC Gusmão

Paulo César Gusmão, por que é tão difícil encontrar fotos dos seus tempos de jogador?
Rapaz, você não vai encontrar porque eu só ficava no banco de reservas.

Mas você não tem?
Tenho, mas estou de mudança e está complicado de achar. Mas não são muitas, não.

Depois de passagem discreta como jogador, como é para você treinar o Vasco?
Para mim, é uma alegria enorme, porque existe uma identificação grande com o clube. Minhas filhas foram batizadas na capela atrás do campo.

Falando do presente, o que você acha que foi o mais importante para essa recuperação do Vasco no Campeonato Brasileiro?
Tivemos de trabalhar muitas coisas, mas o acerto da defesa foi a nossa prioridade. Quando cheguei, conversei com os jogadores. Essa mesma defesa foi a menos vazada do Brasil ano passado, contando com as Séries A e B. Não dava para isso ter mudado tanto. A defesa já está mais arrumada e agora, com os reforços, vamos melhorar no ataque também.

\"Ele era importante para o nosso grupo\"
Roberto Dinamite, atacante e capitão do Vasco na década de 80
Tenho poucas lembranças do PC como jogador do Vasco.

Lembro dele mais como adversário. Teve um jogo difícil, no início da década de 1980. Ele jogava pelo Campo Grande, em um time bem armado. Choveu muito naquele dia e a partida estava empatada. Aí, o PC começou a fazer cera. Defendia a bola e ficava meia hora caído.

Falava para ele soltar logo a bola, pois iríamos vencer de qualquer jeito. O Vasco, de fato, ganhou por 4 a 2 e fiz dois gols no Paulo César (risos).

Já pelo Vasco, lembro apenas que o PC era um cara bom para o grupo. Ele sempre ajudava, tinha uma boa visão das coisas que aconteciam. Mas o Acácio era o titular e quase nunca se machucava. Por isso o PC não jogava. Acho que ter ficado de fora tanto tempo deu esse poder de observação a ele.

Isso pode ter ajudado o PC a se tornar o grande treinador que é, muito inteligente.

Mesmo hoje em dia, acho que o PC não teria vaga no Vasco. O Prass e o Tiago são melhores do que ele (risos).

Confusão e voadora em Alcindo
Vasco e Flamengo disputaram a final do Campeonato Carioca de 1988. No ano anterior, o Gigante da Colina havia levado a melhor sobre o rival e o time rubro-negro queria a revanche. A partida foi nervosa e o time de São Januário tinha a vantagem do empate. Perto do fim do jogo, Cocada entrou em campo e marcou o gol da vitória. Logo em seguida, o jogador foi expulso. Após o apito final, uma briga entre Romário e Renato Gaúcho causou uma confusão generalizada. PC saiu do banco para ajudar os companheiros.

\"Voadora

\"PC
PC Gusmão, Campeão Carioca de 92 como treinador de goleiros de Carlos Germano
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)

Fonte: Jornal Lance
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