Com 16,5 milhões de torcedores, o Vasco vai regressar às suas origens e dar o primeiro passo num processo de globalização para alimentar o sonho de se tornar o clube com a maior torcida do mundo. Chamado de Vasco Global, o projeto, que ainda precisa ser aprovado pelo Conselho Deliberativo, visa a internacionalizar a marca.
Ou seja, o Vasco quer entrar em países com grande população, mas sem tradição e torcida no futebol, para aumentar o número de torcedores e, consequentemente, a receita nos produtos licenciados. Na prática, já a partir de agosto, o time da Colina começa uma parceria com o Vasco da Gama Atlético Clube, equipe da terceira divisão portuguesa, de Sines, cidade natal do navegador Vasco da Gama.
Primeiro, voltamos à nossa origem e, de lá, vamos para o mundo, como fez Vasco da Gama. Em 15 ou 20 anos, pretendemos dobrar o nosso número de torcedores, planeja Nelson Rocha, vice-presidente de finanças do Vasco.
As próximas cidades do projeto são Boston, nos Estados Unidos, Goa, na Índia, e Macau, na China. O acordo entre os dois clubes vai envolver jogadores das categorias juniores e profissionais e trará mudanças nos dois clubes: atletas não aproveitados no time carioca vão se transferir para Portugal; os sócios serão considerados associados em ambos; o Vasco da Gama Atlético Clube vai adotar a marca do Vasco brasileiro, inclusive os três uniformes oficiais que serão cedidos ao novo irmão.
É responsabilidade do Rodrigo Caetano (diretor executivo de futebol) definir quais atletas vão para lá, afirma Rocha.
Com tudo acertado entre os clubes, o próximo passo, caso seja aprovado pelo Conselho, será a criação de uma SAD (Sociedade Anônima Desportiva), em Portugal, com gestão técnica, financeira e de marketing.
É um projeto autossustentável, que só trará benefícios, melhorias e conquista financeira para o Vasco. Estamos todos muito animados com a ideia, revela Nelson Rocha.