Há mais ou menos um ano, esta coluna praticamente apresentou dois dos melhores talentos da geração /95 do futebol brasileiro: barbarizando pela dupla Gre-Nal, o tricolor Yuri Mamute e o colorado Andrigo eram praticamente desconhecidos, mas desde então se firmaram como reais referências de sua idade, uma história que promete continuar neste ano com Índio, Baiano e Mosquito.
Mamute, pasmem, já treinou entre os profissionais gremistas com só 16 anos. Se comportou bem, foi elogiado, mas evidentemente ainda aguarda pela real oportunidade de estrear, o que tem tudo para ocorrer no Campeonato Gaúcho de 2012. Andrigo teve uma temporada 2010 dos sonhos, cujo ponto alto foi a conquista da etapa nacional da Copa Nike, uma ótima participação em Manchester e um contrato perfeito no início deste ano. Em que pese um gosto amargo pelo Sul-Americano Sub-17, ele segue como a maior esperança de futuro no Inter.
Os momentos de Baiano, Índio e Mosquito são similares à frente do Vasco. Em pouco tempo, o trio se notabilizou como referência da seleção brasileira sub-15 que vai se formando para o Sul-Americano da categoria, a ser realizado ainda neste ano. A ausência deles, que serviam o Brasil, ajuda a explicar a decepcionante campanha do timaço infantil vascaíno na Copa Nike, que teve o ótimo Bahia como um surpreendente campeão.
Badalado, Thiago Mosquito tem uma média de gols impressionante em suas primeiras aparições pela seleção sub-15 convocada por Marquinhos Santos: são seis gols em sete jogos disputados no Catar, na Espanha e na Venezuela. Atacante rápido, habilidoso e com faro de gol, dá sequência ao ótimo trabalho de atacantes da base do Vasco. Erick e Yago, ambos da classe /94, já fazem estragos pelo ótimo elenco juvenil.
Sua história é curiosa: até 2009, atuava pelo Flamengo, mas se mudou para São Januário. Minha família e eu achamos que seria o melhor, conta à coluna. Foram dois anos e meio jogando na Gávea, de onde partiu. Foi mais ou menos na mesma época que Muralha foi levado do Vasco, que deu a resposta certeira. Para muitos, Mosquito é o melhor atacante da geração /96 na atualidade. Na decisão da Taça Guanabara Infantil, marcou o gol do título.
No início do meio-campo vascaíno e da seleção brasileira está Baiano, volante titular absoluto da seleção sub-15. Na última Copa do Mediterrâneo, que o Brasil jogou com as gerações /93 (sub-18) e /96 (sub-15), ele acabou convidado pelo próprio Ney Franco e ficar no banco de reservas do time mais velho. Sinal de que o trabalho vem sendo bem feito.
Em campo, o volante, que é vascaíno desde o começo de 2009, espanta por sua qualidade técnica e principalmente intensidade, que destoa diante dos demais jogadores /96. Nos próximos anos, Baiano precisará manter o nível que já chamou a atenção de muita gente. Inclusive de Marquinhos Santos, que também o levou nas viagens para o Catar e a Venezuela. É nome certo para o Sul-Americano Sub-15. Ele tem uma força física que impressiona, conta Mosquito.
A terceira grande figura do time sub-15 do Vasco, campeão da Taça Guanabara Infantil, é o meia Índio, mais um titular da seleção brasileira da categoria. Inteligente e habilidoso, trabalha com as duas pernas e é tido como mais técnico que os colegas Mosquito e Baiano. Em Barcelona, com o Brasil, salvou a seleção com gol na gaveta no minuto final.
O trio, com cadeira cativa na seleção ao lado do lateral direito Foguete, também vascaíno, foi recentemente campeão da Taça Guanabara. Pela seleção, a base do Vasco foi campeã da Mini Copa América, na Venezuela, e semifinalista do Torneio do Mediterrâneo, em Barcelona. Tolo de quem acha que eles ainda são desconhecidos: Baiano é empresariado por Bismarck e Índio tem vínculo com a DIS. O desafio para a direção vascaína é conseguir, no próximo ano, assinar os contratos profissionais de todos.