O novo homem forte do futebol vascaíno, Manoel Fontes, de 69 anos, começou a se envolver na política do clube mais efetivamente no início dos anos 80, após a eleição de Alberto Pires Ribeiro pela chapa "União Vascaína", que reunia nomes de peso como Olavo Monteiro de Carvalho, Antônio Soares Calçada e Artur Sendas. Com a eleição de Calçada para a presidência, no final de 1982, Fontes passou a ser uma espécie de "consultor informal" do dirigente.
Durante os anos 80 e início dos 90, a rede de supermercados "Três Poderes", que Fontes controlava juntamente com o seu irmão, experimentou um grande crescimento, chegando a ter 17 lojas próprias no subúrbio do Rio e Grande Rio, além de um grande depósito central no bairro de Jacarepaguá.
Em maio de 1997, Fontes foi eleito vice-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), por indicação do seu grande amigo Artur Sendas, que presidia a entidade.
Ainda em 1997, Fontes e Sendas declararam apoio à candidatura de Jorge Salgado à presidência do clube, candidato de oposição a Calçada.
Pouco antes, Fontes viveu um grande drama pessoal, ao ter sido vítima de seqüestro próximo à sede de sua empresa. Ficou 43 dias preso em cativeiro, tendo sido libertado após o pagamento de resgate.
Em junho de 1999, a sua rede de supermercados foi comprada por Artur Sendas, sendo a marca "Três Poderes" desativada e as lojas incorporadas à rede Sendas.