O Conselho Deliberativo do Vasco disse, nesta segunda-feira (7/8), não a terceira tentativa do Presidente do Vasco de eliminar do quadro social mais seis conselheiros representantes da oposição. A reunião extraordinária visava, mais uma vez, decidir sobre a punição recomendada pelo Conselho de Justiça: eliminação. Recorrer ao judiciário foi o motivo da atual perseguição da diretoria aos conselheiros da oposição. Foi na justiça que os conselheiros tiveram êxito na ação que solicita a exibição dos documentos do balanço do clube referente ao período 2004/2006 e desta forma conseguiram anular a aprovação irregular realizada no dia 28 de abril referente ao balanço 2005.
Mais uma vez, não foi atingido o quorum mínimo de 151 conselheiros presentes para a deliberação. As reuniões anteriores tiveram os efeitos das decisões anuladas por conta de liminares que impediam qualquer julgamento.
Ao perceber que, novamente, não haveria quorum suficiente para aprovar a eliminação, o Presidente do clube propôs a comutação da pena para suspensão. Não cumprindo o rito necessário, a votação foi decidida por maioria, com sete votos contrários, que cinco conselheiros serão suspensos por dois meses. São eles: Abílio Borges, Bruno Pires, José Hamilton Mandarino, José Pinto Monteiro e José Roberto Gomes da Costa. Já o conselheiro Luiz Américo de Paula Chaves, que também é diretor jurídico do MUV, foi suspenso pelo período de quatro meses. Os conselheiros punidos irão recorrer da decisão nos próximos dias pelas irregularidades cometidas em todo o processo.
O MUV levou apenas um de seus membros à reunião para fiscalizar o encontro. Os outros não compareceram por discordar da legitimidade do processo. Por outro lado, a presença de dois ex-presidentes do próprio Conselho, Antônio Gomes da Costa e José Carlos Osório somada a presença do candidato a presidente em 1997, Jorge Salgado, deixou claro a derrota da diretoria em suas intenções. Já que os três se posicionaram contrariamente às punições e apoiaram os conselheiros da oposição.