Num Vasco pouco criativo durante boa parte do clássico contra o Botafogo, só um golaço poderia ajudar o time de Zé Ricardo a buscar o empate. Mas nem mesmo a bomba de Andrey, que diminuiu o placar, foi suficiente para manter o técnico na frente da equipe. O Cruz-Maltino, ainda bem desfalcado, fez muito pouco neste sábado, em São Januário.
O começo apagado do Vasco custou caro. Viu, em pouco tempo, o Botafogo abrir 2 a 0 e praticamente liquidar a fatura – pelo menos, era o que parecia diante de um Cruz-Maltino quase inoperante, sem velocidade, infiltração dos volantes e confiança. No segundo tempo, algumas mudanças e nem só pontos negativos...
Giovanni Augusto!
O meia, em seu terceiro jogo depois da lesão na coxa, mostrou que tem condições de ser titular do Vasco. É, sem dúvidas, o jogador do meio de campo com mais qualidade para fazer algo de diferente, uma jogada individual. Foi assim no clássico contra o Botafogo, mesmo ainda um pouco abaixo daquilo que pode render.
Giovanni Augusto se movimentou bastante na faixa central do campo, deu opções aos companheiros e mostrou técnica para servir o ataque. Não foi tão participativo, mas a sequência pode dar ao Vasco um meia com qualidade no escasso elenco comandado pelo técnico Zé Ricardo.
Laterais pouco ofensivos
Principalmente no primeiro tempo, quando Fabrício foi titular na esquerda, o Vasco teve muito pouco ou quase nenhum poder pelas laterais do campo. Luiz Gustavo, mais zagueiro do que lateral de ofício, pouco apoiou o lado direito do ataque. A falta de homens com qualidade pelos lados do campo dificultou a criação do Vasco, que apostava muito pelo meio e sofria para passar pela defesa do Botafogo, muito bem postada.
Ramon muda, pelo menos, o espírito
Fabrício foi vaiado desde o primeiro toque na bola e não conseguiu jogar em São Januário. Errou praticamente tudo o que tentou. No intervalo, o técnico Zé Ricardo sacou o lateral e colocou Ramon. A entrada do jogador, que tem voltado à equipe depois de grave lesão no joelho, mudou bastante coisa.
O lado esquerdo do ataque, pelo menos, passou a ter mais poder. Ramon aparecia como opção na maioria dos lances e confundia a marcação do Botafogo. Além disso, a disposição e a empatia com a torcida pareciam ter mudado o espírito do Cruz-Maltino no segundo tempo.
Falando nisso...
Na etapa inicial, o Vasco parecia estar dormindo. O time entrou em campo muito apagado, distante, errando lances importantes, perdendo divididas e muito longe de chegar ao gol defendido por Jefferson. Não faltou apenas qualidade enquanto o Botafogo vencia por 2 a 0. Faltou, também, os jogadores estarem mais ligados. A mudança no segundo tempo foi nítida.
Ríos muito apagado
Bem nas últimas partidas como opção saindo da área, Andrés Ríos não repetiu o mesmo nível de atuação neste sábado. Muito por causa também, é claro, da dificuldade cruz-maltina de furar o bloqueio defensivo do Botafogo, o centroavante participou muito pouco do clássico. Não conseguiu ser importante na armação e quase não foi acionado pelos companheiros na área.