O Corinthians sempre manteve postura cautelosa em relação à negociação envolvendo o zagueiro Dedé, do Vasco. Sem querer se indispor com o clube carioca, o Timão deixou a conversa a cargo da DIS, fundo de investimentos que comprou 45% dos direitos econômicos do defensor há menos de um mês. Ainda sem tanta convicção em relação ao possível reforço, o clube admitiu que tem recebido informações da DIS e não desistiu de contar com o jogador, mesmo que ele chegue só em julho.
Na diretoria, a sensação é de que o desejo dos investidores é colocar Dedé no Timão e fazer com que ele se valorize ainda mais antes de realizar o sonho de jogar no futebol europeu. Cauteloso, o diretor adjunto Duílio Monteiro Alves disse que as portas continuam abertas para o zagueiro. Foi a primeira vez que um dirigente alvinegro admitiu contato com os investidores que compraram parte dos direitos do jogador.
Conversamos (com a DIS), mas eles não falam pelo Corinthians. Se o Vasco liberar, podemos conversar com o jogador e ver também o lado dele, o que quer. Mas, por enquanto, tudo o que sabemos é pela imprensa. Qualquer clube se interessaria pelo Dedé, mas é uma questão de oportunidade disse.
O acordo firmado pelo Vasco com os investidores prevê a possibilidade de negociação somente a partir de 1º de julho. Após a compra de 45% dos direitos econômicos de Dedé, o mínimo valor de saída passou para 10 milhões (cerca de R$ 27 milhões). O Corinthians não quer bancar esse total e por isso só vai entrar em cena se conseguir o sinal verde da DIS e do clube carioca.
Em reunião na quarta-feira, a diretoria do Vasco comunicou aos empresários do jogador que a intenção é negociar Dedé apenas em julho, e isso se o clube tiver esse desejo. O Timão, oficialmente, diz que soube da reunião apenas pela mídia, mas não vê qualquer possibilidade de transferência enquanto o próprio zagueiro não manifestar seu desejo de sair.
Como as inscrições para a primeira fase da Taça Libertadores terminam semana que vem, a maior chance é de o clube paulista voltar a falar sobre o assunto somente em julho.
O Corinthians não vê necessidade extrema de contratar um defensor neste momento e por isso admite esperar até julho para voltar à carga por Dedé. A composição financeira com a DIS faria o clube pagar pouco para ter o zagueiro. Atualmente, o técnico Tite conta com Paulo André, Gil, Felipe, André Vinícius e Antônio Carlos. Chicão, machucado, só deve voltar ao time entre o fim de fevereiro e o início de março.