No início desta madrugada, cerca de 30 torcedores foram levados ao 13º Distrito, no bairro da Casa Verde, zona norte de São Paulo. Três vascaínos, um deles vestido com agasalho de uma das facções uniformizadas do clube, prestavam depoimento enquanto corintianos aguardavam sentados no estacionamento da delegacia - alguns também vestiam agasalhos de uma das facções uniformizadas do Timão. Segundo um dos policiais, um suposto palmeirense, que seria integrante de uma das facções do Palmeiras, estava dentro da delegacia.
Todos seriam ouvidos a fim de esclarecer as circunstâncias da morte de um torcedor, ainda não identificado, após uma briga generalizada na Marginal Tietê, entre a ponte das Bandeiras e da Casa Verde. Um ônibus e cinco carros, sendo dois muito danificados, ainda estão no local. Com ferimentos graves, o torcedor foi levado ao pronto-socorro Santana, mas não resistiu e morreu a caminho do hospital. Outros oito torcedores também foram atendidos - três deles, em estado grave.
O advogado Davi Gebara Neto, que acompanhava o grupo de corintianos, negou que representasse alguma das facções uniformizadas do clube. Ele afirmou que sua aparição na delegacia foi motivada por um telefonema de um dos corintianos.
A confusão na Marginal Tietê ocorreu minutos antes do início da partida Corinthians x Vasco, que terminou sem gols, e com os paulistas classificados à final da Copa do Brasil. Após a partida, um ônibus que levou vascaínos ao Pacaembu foi queimado próximo ao estádio.