Por supostamente defenderem os interesses da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), alguns deputados ficaram conhecidos como integrantes da bancada da bola. Esses políticos foram acusados de manter uma relação estreita com o presidente da entidade Ricardo Teixeira que, inclusive, alugou uma mansão. O imóvel, somente no ano 2000, consumiu R$ 660 mil na promoção de partidas de futebol e churrascos com o ciclo de amigos ligados aos poderes executivos e legislativo, de acordo com as investigações.
Além disso, a CBF fez várias doações a várias candidaturas em campanhas políticas. Ao depor na CPI da CBF/Nike, o presidente da entidade defendeu a concessão das benesse, que considerou serem legítimas.
Apesar de ter prometido rever os critérios de doação, elas continuaram ao término das apurações.
Veja abaixo os quadros de doações da CBF a candidatos nas eleições de 1998, antes da CPI, que totalizaram R$ 612,5 mil, e em 2002, após as investigações, quando pularam para R$ 1,18 milhão. Na duas eleições subseqüentes, sem o perigo de sofrer nova investigação, elas despencaram. Em 2004 na escolha de prefeitos e vereadores distribuiu somente R$ 280 mil e, nas majoritárias para governador, além de deputados estaduais, federais e senador: R$ 500 mil.