Ano passado, o Vasco fez algumas de suas melhores partidas no Brasileiro fora do Rio. Também era longe de casa que o lateral-esquerdo Diego sentia-se mais à vontade para jogar. Estranho, mas natural. Há dez anos no clube e titular da equipe há quase duas temporadas, ainda assim é, de longe, o jogador mais perseguido pela torcida. Quando o Vasco joga em São Januário, é sempre a mesma coisa. Basta tocar na bola para as vaias começarem.
Mas Diego não se abala. A receita para suportar a pressão é simples. Ele garante que as vaias, que considera exageradas, entram por um ouvido e saem pelo outro. O lateral segue jogando seu futebol regular, que, se não chega a empolgar, também não preocupa o técnico Renato Gaúcho. Tanto que foi o jogador que mais atuou em 2006, com 66 partidas. Outra prova da confiança do treinador está no fato de que em momento algum ele pediu à diretoria reforço para a lateral esquerda.
É lógico que ouço as vaias e acho desagradável. Mas elas não me atingem mais. Procuro manter a concentração e fazer o melhor para o time explica.
Aos 23 anos, Diego conhece bem o Vasco. Chegou a São Januário em 1996, com 13 anos, e passou por quase todas as categorias até chegar ao profissional. Acredita que sua longevidade no time se deve a sua dedicação:
Não jogo para agradar à torcida e sim ao treinador. Trabalho sério todos os dias e procuro fazer sempre o que o Renato me pede. Foi assim que conquistei a confiança dele.
Nos treinamentos, Diego é um dos que tem melhor aproveitamento nas cobranças de falta. Bate sempre colocado, por cima da barreira. Já se destacava no ano passado, mas com Andrade e Ramon no time, não tinha chance.
Ano passado era difícil, mas agora vou me apresentar mais promete.