A assinatura do contrato com a Eletrobrás, marcada para esta terça-feira, às 17h, na tribuna de São Januário, vai abreviar por alguns meses a grande instabilidade financeira que o Vasco atravessa. Mas dificilmente o clube vai conseguir escapar do bloqueio dos seus inúmeros credores. Da metade da verba que o Vasco irá receber, R$ 7 milhões - pelo menos 20% serão destinados ao Tribunal Regional do Trabalho para pagar passivos trabalhistas (R$ 1,4 milhão). O valor pode aumentar ainda mais porque ex-atletas, que tiveram os seus acordos descumpridos nos últimos anos, prometem bloquear na Justiça parte da verba da estatal. Apesar do risco, o vice-presidente financeiro do clube, Nelson Rocha, não perde a tranquilidade.
- Isso só pode ocorrer a partir do momento em que o contrato for assinado. E mesmo assim podemos recorrer - garantiu Rocha.
Na última semana, os funcionários respiraram um pouco mais aliviados com o recebimento do salário do mês de abril. Faltam agora o de maio e o de junho, que, segundo Nelson Rocha, vencem no dia 5 de cada mês.
A maior parte do dinheiro, cerca de R$ 1,5 milhão, veio da segunda parcela da venda dos direitos federativos do meia-atacante Philippe Coutinho pagos pelo Inter de Milão. Além disso, entrou no cofre do clube cerca de R$ 600 mil do novo programa de sócios. Dos 21.141 inscritos, 15 mil já pagaram a primeira mensalidade. O programa, que tem tido um grande apoio dos torcedores, parecer ser a principal fonte de renda para o pagamento dos salários dos funcionários, haja vista que o dinheiro da Eletrobrás não poderá ser usado para este fim.