Quarenta dias depois do último encontro, a nova Liga de clubes vive momento bastante conturbado para aquele que prometia ser o movimento que mudaria o futuro do futebol brasileiro.
Depois das brigas na reunião do último dia 23 de julho, os times não voltaram a se reunir em massa e agora discutem novas ações de forma pontual para que o plano não seja interrompido como tantas outras ações em grupo dos times nos últimos anos.
Nenhum dos 40 clubes das séries A e B formalizou que está fora do grupo, mas vários deles praticamente não sabem de mais nada do que pode acontecer nos próximos dias após discutirem até questões financeiras e analisar o mercado para decidir os rumos do grupo.
Times mais fortes como Flamengo, Palmeiras, Corinthians, Grêmio e São Paulo tentam articular novos capítulos, especialmente após a saída de Júlio Casares do hospital por conta da covid-19. Mas ainda não há um novo passo agendado e agir em pequenos blocos não faz parte do plano no momento.
Dirigentes ouvidos pelo blog relataram recentemente que era hora de "esperar a poeira baixar" após a briga pública do presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia, e do mandatário do Bahia, Guilherme Bellintani. Episódios como o Flamengo e Atlético-MG tentarem público de maneira isolada no Brasileirão e até a intervenção na CBF também minaram a sintonia.
Sem Rogério Caboclo, aliás, a CBF já alinhava com seus vices um movimento de entrar em consenso com a nova Liga para que a entidade conseguisse participar das mudanças, mas a demora para que os planos sejam colocados em prática animam os opositores à ideia dos clubes.