Palco de momentos históricos, culturais e esportivos marcantes, o Estádio de São Januário, inaugurado em 1927, localizado no subúrbio carioca, e ‘casa’ do Vasco da Gama, pode ganhar uma ‘nova cara’, através da iniciativa dos arquitetos independentes e torcedores do clube, Felipe Nicolau, William Dias e Clarissa Pereira, moradores de Niterói e São Gonçalo.
O trio criou um projeto para modernização completa do estádio, com revitalização do entorno e obras de melhorias. O “Novo Complexo de São Januário” teria capacidade para um público de 41.300 pessoas e só manteria do projeto atual, as arquibancadas sociais, a fachada histórica e a Capela de Nossa Senhora das Vitórias.
Os arquitetos projetam uma obra de baixo custo em relação aos estádios arenas. Foram analisadas, também, questões de construção e manutenção, todas de acordo com normas do Corpo de Bombeiros, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Federação Internacional de Futebol (FIFA).
De acordo com Felipe Nicolau, o projeto foi apresentado para as quatro chapas que participaram das últimas eleições do clube. O atual presidente, Eurico Miranda, demonstrou interesse, mas disse que estudariam uma data para análise. O candidato da oposição, Julio Brant, afirmou que vai analisar o projeto e que está a par da aprovação da torcida. “Temos um projeto em andamento com a empresa portuguesa Tecnoplano, referência na construção de estádios na Europa, mas vi o ‘Novo Complexo de São Januário’ e gostei bastante, fiquei sabendo também que a torcida vascaína apoia a iniciativa e, no futuro, iremos realizar uma reunião com os projetistas”, prometeu.
“Não temos ligação com nenhuma das chapas. Não queríamos politizar o projeto e explicamos a eles. O projeto é para o Vasco independente de qual seja a diretoria. Estamos aqui para somar forças para fazer o clube ainda mais gigante”, destacou Felipe.
As principais mudanças do “Novo São Januário” são nas arquibancadas do setores Norte e Sul, proporcionando o aumento da capacidade. Além disso, serão incluídos um novo ginásio para 2 mil torcedores, um prédio administrativo, museu multimídia, restaurantes, lojas e estacionamentos. Atletas de basquete, vôlei, futsal e os esportes de quadra teriam uma grande estrutura para treinos e partidas.
A infraestrutura do local também seria revitalizada com melhorias em alojamentos, vestiários, escolas, entre outras áreas. A imprensa também receberia novas cabines e postos de trabalho, facilitando o trabalho dos profissionais.
“O custo estimado é de R$ 250 milhões, bem abaixo dos valores das arenas construídas para a Copa do Mundo, onde o mais barato custou R$ 330 milhões. Nosso projeto é imponente, porém utiliza técnicas e materiais que diminuem o custo. Foi todo pensado de forma a reduzir gastos de construção e manutenção”, afirma o arquiteto.
A expectativa é que após a definição do novo presidente, o projeto possa ter andamento. “O projeto foi todo pensado na sua viabilidade, de uma forma que não onere os cofres do clube. Portanto, acredito que a diretoria abraçando nossa iniciativa, e com o apoio da torcida, a execução do projeto será importante para o crescimento do clube. Ficamos extremamente felizes com esse enorme apoio”, garantiu Felipe Nicolau.