RIO - A jogada do Fluminense em que Deco lança a bola no \"segundo pau\" para a conclusão de um zagueiro ou um atacante não era novidade para o Vasco. Na semifinal, contra o Botafogo, foi dela que nasceu o gol de Leandro Euzébio, que levou a partida para os pênaltis e à posterior classificação tricolor. Neste domingo, ao mudar o roteiro, casual ou propositalmente, Deco escreveu um capítulo determinante na decisão. Para o capitão Juninho, o segundo gol da partida tornou uma reação vascaína quase inviável, mesmo para um time que se acostumou a fazer da superação sua maior virtude.
\"O Fluminense mereceu a vitória no geral, mas, se o primeiro tempo virasse 1 a 0, seria diferente. Foi muito ruim ter virado 2 a 0 \" avaliou Juninho, sem se deixar contaminar pela frustração da derrota. \" Não quer dizer que temos de mudar tudo porque perdemos. Vamos crescer e fazer um bom segundo turno.
O capitão lembrou que as críticas de Abel à arbitragem no jogo da fase classificatória, vencido pelo Vasco por 2 a 1, não interferiram no resultado de ontem, mas influenciaram algumas decisões de Marcelo de Lima Henriques.
\"O Abel começou a jogar a final ali. Nada inteferiu no resultado, mas (o juiz) tirou um pouco da energia do nosso time em alguns lances.
O técnico Cristóvão também citou o segundo gol, lembrando que o Fluminense soube tirar da vantagem:
\"Tivemos de avançar a marcação, obrigados a arriscar, e eles jogaram no contra-ataque. Contra um time de qualidade, ficou mais difícil.
O terceiro gol fez com que a torcida do Vasco, aos poucos, deixasse o Engenhão. Quem permaneceu no estádio viu Dedé abandonar a zaga e se transformar em atacante. Segundo Cristóvão, algo que estava no planejamento:
\"Sabíamos que a defesa do Fluminense tinha dificuldades nas bolas altas. Prendemos o Nilton e liberamos o Dedé.
Dedé, ao contrário, disse que nada fora combinado.
\"Tentei ajudar de qualquer maneira. Foi uma decisão tomada no calor do jogo.