Futebol

Cristóvão, sobre Autuori: "Tem tudo para dar certo"

O bom baiano Cristóvão Borges viveu dias intensos no Vasco. Em pouco mais de um ano e meio de clube, ganhou título, assumiu a função de treinador em uma situação para lá de delicada (após Ricardo Gomes sofrer um AVC), esteve à frente de uma equipe que conquistou os vascaínos e mais uma gama de admiradores pelo Brasil, e conviveu com aplausos e vaias. Agora, no Bahia, rival de hoje, pelo Campeonato Brasileiro, ele não esconde que aqueles momentos marcaram não somente a carreira dele, mas também a vida.

Ansioso pelo reencontro, o primeiro desde que deixou o Vasco, Cristóvão resume em uma palavra como analisa a passagem pela Colina: orgulho. Recentemente, ele até foi convidado para retornar. Mas ainda não se via pronto, apesar de achar que o ciclo no clube não teve fim e que um dia voltará a trabalhar com a cuz de malta. É o que ele conta nessa entrevista exclusiva ao Lance!. Confira o papo:

Desde que saiu do Vasco, você recebeu propostas, mas voltar a trabalhar somente agora, no Bahia. Por que demorou tanto?
Quando sai do Vasco fiz uma avaliação do meu trabalho e considerei que foi positivo. Mas achava que seria importante dar uma parada para poder estudar as coisas que estavam acontecendo no futebol e aperfeiçoar meus métodos. Por isso, não aceitei logo. Agora, apareceu o Bahia. Mesmo consciente de todas as dificuldades, do momento do clube, mas estamos confiando no trabalho. Além da identificação, foi o clube que comecei a carreira. Fui muito bem recebido aqui.

Você saiu após ter sido bastante vaiado. Mas, aparentemente, a diretoria não pensava em encerrar seu ciclo no Vasco. O que houve de fato?
Tive sensibilidade. Senti que era hora de mudar, sim. Era preciso dar uma sacudida. Eu vi o clube meio preso e amarrado para fazer isso. Senti que minha saída poderia ajudar nessa sacudida e aquele era momento. Foi uma coisa muito pessoal. Conversei com Daniel (Freitas) e com o presidente. Eles não aceitaram, na verdade. Mas eu estava convicto disso, de que era o momento certo.

O Ricardo Gomes não tentou convencê-lo a voltar ao Vasco neste meio tempo?
No começo chegou a falar sobre isso. Mas era muito recente (a saída do clube) e não via cabimento. No futuro podemos ver essa volta.

Então você pensa em um dia retornar ao Vasco?
Acho que é uma coisa natural. A porta vai estar sempre aberta. Minha passagem foi marcante. Foram grandes resultados, bom aproveitamento e disputando em ótimo nível competições importantes. E foi uma saída de consenso. O desejo foi meu. Não tivemos desavenças.

No fim de sua passagem, a torcida o vaiou bastante. Acha que foi de forma injusta?
Não acho injustiça. Sempre compreendi. Foram alguns momentos que a equipe estava instável. A torcida é exigente, se acostumou com bons jogos. Era uma manifestação sempre válida. Mas para mim era tranquilo. No dia a dia, sempre recebi manifestações boas, elogios e pessoas me aplaudindo. Alguns pedindo até para eu voltar depois.

E o que falar daquele time, entre o fim de 2011 e o início de 2012?
Era um timaço, lembro de tudo com maior orgulho. Fizemos partidas maravilhosas, desde 2011. Criou uma empatia grande, de forma general. Foram muitos bons momentos.

Está pronto para esse reencontro com o Vasco?
Estou ansioso. Isso vai me dar o maior prazer. Reencontrar o Vasco, onde passei momentos marcantes. Só alegria. Vou reencontrar amigos. Um clube marcante na minha vida.

Tem falado com o Ricardo?
Nossa amizade independe de futebol. Sempre conversamos muito. Hoje, temos nos falado menos, por causa do trabalho, mas é um grande amigo.

E quanto ao trabalho do Autuori no Vasco?
Tem tudo para dar certo. É muito inteligente. Sou admirador do trabalho dele. Essa dobradinha com o Ricardo tem tudo para ser bastante positiva.

Fonte: Lance
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