Abraçado com Eder Luis, Cristóvão é respeito no Vasco e fora dele (Foto: Ivo Gonzalez / o Globo)
De coadjuvante, lembrado apenas por seus feitos como meia esquerda, ao topo da lista dos técnicos brasileiros. Em menos de um ano, Cristóvão Borges ascendeu de forma raramente vista, a partir do AVC sofrido por Ricardo Gomes, então comandante titular do Vasco, em agosto de 2011. Deu seu padrão tático ao time, chegou a finais e está à espera do \"carimbo\" de campeão para completar o trabalho. No caminho, enfrentou gente renomada, com décadas de experiência, como Tite, Muricy, Luxemburgo, Oswaldo de Oliveira... e só coleciona elogios.
Neste domingo, às 16h, na Arena Barueri, vai rever Felipão no banco ao lado, em duelo com um Palmeiras provavelmente misto, já que a disputa das semis da Copa do Brasil é prioridade no momento. Contente com o reconhecimento, Cristóvão lembra do carinho.
- Tenho sentido realmente um respeito cada vez maior. Os treinadores que eu encontro, é claro, conhecem a função que nós temos, sabem o que é trabalhar numa equipe como essa. Por tudo o que aconteceu, têm essa admiração e me fazem elogios. A linha de comparação em relação ao modo como peguei a equipe, com as dificuldades, e como estamos agora é legal. Quando jogamos contra o Botafogo, no Carioca, Oswaldo me deu os parabéns, salientando isso - disse.
Contra o próprio Felipão, o retrospecto é favorável. O Vasco derrotou o Alviverde no Brasileirão, em São Januário, e o eliminou da Copa Sul-Americana. Já frente ao citado Oswaldo, o buraco é mais embaixo. O chefe cruz-maltino admite que o modo de atuar não \"encaixa\" e, por isso, as duas derrotas no Carioca deste ano aconteceram até com certa facilidade (duas vezes 3 a 1).
Segundo Cristóvão, o início na liderança da competição, com 100% de aproveitamento, se deve ao equilíbrio encontrado e à maturidade do grupo. Nada de achar que a tabela favoreceu, pois, de favoritos ao título, o Gigante da Colina só pegou o Grêmio, que escalou alguns reservas.
- Quem pensar assim, vai tropeçar bastante. O Brasileirão é duro, independentemente do adversário. O Náutico foi complicado aqui, mas ganhamos, e o Botafogo, por exemplo, não conseguiu lá. Em algumas rodadas, vamos firmar isso, mostrar que estamos bem, mesmo enfrentando outros adversários.