Futebol

Cronista de São Paulo faz análise imparcial da campanha do Guarani na Série

Não é novidade para ninguém que o Guarani vem se destacando no Campeonato Brasileiro da Série B. Dez partidas, oito vitórias e dois empates. Ainda está invicto. Mesmo não apresentando futebol vistoso e brilhante, aos trancos e barrancos vai conseguindo acumular pontos e, o que é mais importante, buscando importantes resultados fora de Campinas.

Entretanto, desculpem minha sinceridade, ainda não vi uma vitória consciente e convincente do Guarani. Contra a Ponte e contra o Brasiliense temi pelo pior. Se a defesa é exemplar, defendendo, marcando e fazendo gols, o mesmo não pode ser dito do ataque, ainda inoperante, ou melhor, produzindo muito pouco. Nosso saldo de gols é pífio.
Diferentemente dos Campeonatos Brasileiro da Série C e do Paulista onde, creio, faltou muita sorte ao Bugre, neste Campeonato da Série B o Guarani com a garra que não se via antes, e principalmente com muita sorte, está acumulando pontos e se mantendo na primeira colocação, o que é muito importante.

Nunca torci tanto para um time de futebol como estou torcendo agora para o Guarani. Eu explico: a situação financeira do Bugre está uma verdadeira calamidade. Com grande parte dos rendimentos penhorados pela Justiça, sem dinheiro e sem crédito, o Guarani, pelo que sei, já teve seus direitos junto à televisão e Clube dos 13, antecipados. Assim, se este ano o Bugre não ascender a Série A, a catástrofe estará consumada.

Que estes jogadores e comissão técnica continuem prestigiados pela diretoria e pela torcida. Todos no Guarani devem estar sempre conscientes que a não classificação para a Série A será o final de tudo. Se isso acontecer, o Bugre que já não têm crédito na praça e nem nos bancos, não terá jogadores, patrocínios e, acredito, nem mesmo pessoas que queiram depois assumir sua administração.

Para que a torcida do alviverde não viva de sobressaltos, que o técnico, o bom técnico Osvaldo Alvarez, o Vadão, treine mais as pontarias dos atacantes. Treinamentos à exaustão sempre levam à perfeição. O goleiro Rogério Ceni é o exemplo maior.

A venda do Estádio

Muitos são os amigos que me questionam a venda do Brinco de Ouro. Seria a solução de todos os problemas financeiros do Guarani ? Seria a táboa da salvação ? Com uma pomposa arena e sem dívidas o Guarani voltaria a ser forte ?

Querem saber o que acho ?

– Nunca houve ninguém interessado na compra do Estádio Brinco de Ouro. Algum diretor mais esperto, acredito, soltou este balão de ensaio para saber se apareceria alguma empresa ou investidor. Não apareceu ninguém, nem banco, nem incorporadora, nem hipermercado... Tudo o que foi dito não passou de balela.

E mais, o Guarani só voltará a ser forte se voltar a investir nos quadros inferiores e voltar a fabricar sua própria matéria prima, os jogadores. Lembram como era antigamente ? O Guarani tinha, sempre, três times: um profissional disputando campeonato; o amador que jogava junto uns dois ou três anos e ficava pronto para substituir a equipe titular; e um terceiro, para substituir aos amadores.

Para encerrar, desejo acrescentar, voltando ao acesso da Série A que, se o Guarani não aproveitar essa boa fase, cair em declínio e não subir, nem mesmo a venda do Brinco de Ouro, caso venha a acontecer, coisa que eu não acredito, salvará a honra e a glória do quase centenário e amado clube de futebol, duas vezes campeão brasileiro.

Fonte: Futebol Interior
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Artilheiro
Pablo Vegetti 20
Jogos
Vitórias 21 (38,89%)
Empates 17 (31,48%)
Derrotas 16 (29,63%)
Total 54
Gols
Marcados 71 (51,45%)
Sofrido 67 (48,55%)
Total 138
Saldo 4
Cartões
Amarelos 138 (92,00%)
Vermelhos 12 (8,00%)
Total 150