Cruzada Vascaína cobra soluções para problemas de "O Vasco é meu"

Caros amigos vascaínos,

A Cruzada Vascaína tem o dever inalienável de se manifestar, mais uma vez, contra diversos fatos que denotam, de forma irrefutável, a inépcia do Presidente do Conselho Deliberativo do CRVG, Sr. Abílio Borges.

Como já é de domínio e conhecimento público, o Conselho Fiscal do CRVG realizou um trabalho técnico e minucioso acerca do programa de sócios “O Vasco é Meu”, chegando à conclusão de que ele não estava sendo acompanhado devidamente pela Diretoria Administrativa, o que levou a importantes erros de repasses a menor, nas quantias que o CRVG recebeu a esse título.

Findado esse trabalho, o Conselho Fiscal encaminhou para o Conselho Deliberativo um expediente relatando esse gravíssimo fato, de maneira que o Sr. Abílio Borges convocasse e promovesse reunião extraordinária daquele Poder, para que todos os conselheiros fossem devidamente informados dos prejuízos possivelmente causados ao Clube pela falta de cuidado e diligência da Diretoria Administrativa gerir o referido contrato com a operadora do programa.

O referido expediente foi entregue há mais de dois meses e, até agora, o Sr. Abílio Borges, Presidente do Conselho Deliberativo, nada fez, agindo apenas de forma protelatória, chegando ao cúmulo de mandar o expediente do Conselho Fiscal para uma comissão (?) nomeada por ele mesmo, que a toda evidência contava apenas com conselheiros eleitos pela chapa de situação.Trata-se, a nosso juízo, de um evidente descalabro e falta de respeito ao Conselho Fiscal e seus integrantes, cuja composição majoritária, como sabido, é de membros eleitos pela referida chapa.

Neste ponto, não custa lembrar ao Sr. Abílio Borges de suas próprias palavras ao ser eleito – de que a partir daquele momento seria Presidente do Conselho Deliberativo do CRVG, e não apenas do grupo majoritário então eleito. Ao deixar de por em prática esse discurso, de forma efetiva, quem perde é o CRVG e o seu quadro social, com quem devemos estar verdadeiramente compromissados.

Desde o início desse programa de sócios, vimos que o Presidente da Diretoria Administrativa do Clube, Sr. Roberto Dinamite, nada sabe a respeito, assim como o Vice-Presidente de Comunicação, Sr. Antônio Peralta; que o Vice-Presidente de Finanças, Sr. Nelson Rocha, não tomou as devidas medidas de acompanhamento deste contrato; e, que, apesar desse cenário, as responsabilidades deixam de ser apuradas, em virtude da inércia do Presidente do Conselho Deliberativo, que é fraco para o exercício de tal cargo, suscetível a pressões e, lamentavelmente, comprometido com esta política de maneira subserviente.

Não podemos aceitar tamanha lentidão para resolução desse problema, devidamente apurado e constatado pelo Conselho Fiscal e, não bastasse isto, um grupo de conselheiros, do qual faz parte o Presidente do Conselho Deliberativo, Sr. Abílio Borges, e que se autodenomina de “Conselheiros Voluntários”(?) dá apoio para que os documentos sejam remetidos para o Vice-Presidente, Sr. Antônio Peralta, e que se espere, pasmem, mais quarenta dias por qualquer decisão!

Da mesma forma, não podemos aceitar que a verdade relacionada a este programa de sócios, notadamente a sua má execução, seja sonegada à comunidade vascaína, inclusive como forma de mantê-lo como está, apesar, também, das reiteradas e constantes reclamações, inibindo novas associações e a retenção dos atuais integrantes do quadro social.

Além disso, urge sabermos se é verdade que uma empresa de fora do CRVG será responsável pela captação de fundos do governo e empresas para os nossos esportes amadores, pois, recebemos informações, que, entendemos, devem ser esclarecidas pela Diretoria Administrativa, de que esta empresa pertenceria ao mesmo controlador da empresa do programa de sócios, ou seja, o Sr. Jefferson Mello. Caso seja verdade, diante dos fatos expostos acima, tal fato é inadmissível.

Ademais, para piorar, lamentavelmente, tomamos conhecimento, da condenação do CRVG, nos autos do Processo nº 0328917-02.2010.8.19.0001, que tramita na 19ª Vara Cível da Comarca da Capital, tendo como Autores: SVI Assessoria Ltda e Effect Consultoria e Participações SS Ltda, que foram, justamente, as empresas inicialmente contratadas para gerir o programa de sócios do nosso Clube e que, com notório sucesso, fazem o gerenciamento do plano de sócios do Sport Club Internacional, de Porto Alegre/RS, situação essa que apesar de caber Apelação Cível, provavelmente, causará impacto nas já combalidas despesas do CRVG.

Reforçamos que a Cruzada Vascaína reitera o seu compromisso de manter-se do lado dos sócios que em flagrante maioria padecem com os inúmeros problemas e dificuldades operacionais do programa de sócios “O Vasco é Meu” e, assim como eles, queremos, efetivamente, o melhor para o Clube, perseguindo a excelência na gestão que deve existir no relacionamento entre o CRVG e os seus sócios e, também, zelando pelos seus bens patrimoniais, notadamente a receita de arrecadação social.

Não convocam uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo para tratar desse assunto, em claro afronta ao estatuto do CRVG, em que pese todos termos que primar pelo seu cumprimento, pois estão cientes de sua reconhecida incompetência para administrar o contrato todos estes anos.

A Cruzada Vascaína, cumprindo com o seu papel, nesta oportunidade, faz duas importantes requisições: (1) que o presidente do Conselho Deliberativo passe a cumprir o estatuto do nosso clube, convocando urgentemente reunião extraordinária para debater o tema, e; (2) que a Diretoria Administrativa esclareça ao Conselho Fiscal a conta e forneça os respectivos extratos da movimentação dos valores relacionados ao programa de sócios, em nome de um dos pilares que os elegeram: a transparência, pois, diga-se de passagem, esta conta, até a presente data, não foi informada para aquele importante Poder do Clube e o departamento de finanças do CRVG não sabe nem ao menos se ela foi iniciada, como rezava o contrato.

Que apareçam os líderes responsáveis e assumam sua falta de cuidado e diligência, ao invés de, por exemplo, desculpar o crônico atraso de salários dos funcionários com um “descasamento de fluxo de caixa”, o qual certamente seria menor se o CRVG recebesse o que tem de direito do programa de sócios.

Com a palavra os Srs. Roberto Dinamite, Nelson Rocha, Antônio Peralta e Abílio Borges. Se nada têm para resolver ou para dizer, renunciem já e permitam essa condição aqueles que tem coragem e capacidade de resolver os problemas do Clube!