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CT do Vasco terá academia, piscina e investimento de 6,5 milhões

O roteiro era surrado e amplamente conhecido. Mas nem por isso deixávamos de acompanhá-lo, dando boas gargalhadas diante da TV (ainda em preto e branco). Invariavelmente, o vilão começava espancando o mocinho, com direito a dedo no olho, mordidas e chutes nas partes pudendas — cáspite! Tudo sob o olhar complacente dos árbitros que, se ousassem se meter, eram igualmente surrados pelos vilões.

A partir da metade da luta, entretanto, os heróis se recuperavam. E com “tackles” acrobáticos, tesouras voadoras de tirar o fôlego e cuteladas mortais nocauteavam os bandidos. No “Telecatch” dos anos 60 (ingênuo teatrinho infantil, se comparado ao MMA de hoje), os bons ganhavam sempre! Um dos expoentes da época, Ted Boy Marino, morreu esta semana, aos 72 anos. Descanse em paz, campeão! Por onde andarão Tigre Paraguaio, Rasputin, Verdugo, o impagável juiz Crispin e tantos outros “heróis” da minha infância?

Enfim, os CTs

Os novos CTs dos clubes cariocas, enfim, sairão do papel em 2013. A Prefeitura doará um terreno na Barra para o Fluminense e um outro, geminado, para Vasco e Botafogo, em Vargem Grande (no estilo do que já acontece com Palmeiras e São Paulo na capital paulista). Vascaínos e botafoguenses contarão com três campos de treino e uma outra metade para preparação de goleiros; já os tricolores terão dois campos, além da metade para goleiros. Os CTs serão equipados com academias de última geração, espaço para fisiologia com piscina para recuperação dos atletas e caixa de areia para trabalhos específicos. As obras serão feitas com as receitas de um percentual das vendas da Brahma no Rio. Flu e Vasco receberão R$ 6,5 milhões, enquanto o Fla, que já tem o seu terreno, em Vargem Grande, ganhará R$ 9 milhões para obras no Ninho do Urubu.

Queixada genérico

Para alegrar o domingão, aí vai um divertido e inédito “causo\" de meu parceiro Victor Kingma:

“Final dos anos 40, um combinado com jogadores do famoso Expresso da Vitória, do Vasco, o melhor time brasileiro da época, foi contratado para fazer um amistoso no interior de Minas. A prefeitura local programou grande festa e era anunciada a presença do astro maior, Ademir Menezes, o Queixada.

Não se falava em outra coisa nas esquinas e botecos do lugar. Os ingressos logo se esgotaram e durante a semana a rádio local fazia chamadas constantes para a partida, sempre dando destaque à presença do grande artilheiro do Vasco e da seleção.

Na véspera do jogo, entretanto, uma enorme decepção: Ademir, com uma indisposição de última hora, não chega no ônibus da delegação. A notícia logo se espalha e um clima de frustração e revolta toma conta de todos. O prefeito, misto de cartola e velha raposa da política local, era só preocupação com a repercussão negativa do fato e o estrago que isso poderia causar à sua candidatura à reeleição. O que fazer para resolver tamanho imbróglio?

Após sucessivos telefonemas e reuniões com assessores, o mandatário municipal vai até a PRB3, a emissora de rádio da cidade, e faz um pronunciamento tranquilizador, acalmando os torcedores:

— Ademir chega amanhã! Ele me disse que, mesmo no sacrifício, vai jogar pelo menos alguns minutos.

Promessa cumprida, na hora do jogo o combinado de craques entra em campo com o Queixada, o camisa 9, recebido sob calorosos aplausos. Só que não era Ademir, o autêntico e famoso Queixada, mas, Neco Queixudo, esforçado atacante que, assim como o grande astro vascaíno, também tinha um proeminente queixo. O prefeito fora buscá-lo às pressas num time de uma cidade vizinha.

A astuta solução da raposa das urnas colou. Afinal, televisão ainda não tinha chegado ao Brasil e tampouco jornais e revistas existiam por aquelas bandas. Só se ouvia falar de Ademir, o “Queixada” pelas transmissões do rádio. E o bravo Neco “Queixudo”, antes de ser substituído , sob forte ovação, teve seus quinze minutos de glória, atuando ao lado de Friaça, Ipojucã, Maneca e Chico, no ataque do Expresso da Vitória, um dos maiores da história.

Passou o resto da vida, deixando os amigos de queixo caído, ao se vangloriar, nos botecos da vida, de sua inimaginável e quase inacreditável façanha”.

Era melhor ter ficado calado

Nove dias de silêncio constrangido para depois vir a público dizendo não se lembrar de escândalo semelhante no Pan de 2007, deixando as principais perguntas sem resposta e minimizando a gravidade do roubo dos documentos em Londres? Fala sério...

Fonte: Blog do Renato Mauricio Prado
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