Cúpula vascaína fala sobre patrocínios, credibilidade e reformulações

A atual diretoria do Vasco vem tentando reestruturar o clube desde que assumiu, no começo de dezembro de 2014. Comandada pelo presidente Eurico Miranda, a atual diretoria vem encontrando muitas dificuldades no dia a dia e problemas deixados pela gestão passada. O Vasco começou o ano de 2015 colocando os salários em dia, montando o elenco para a disputa do Cariocão, que acabou conquistando diante do Botafogo. O presidente Eurico Miranda participou do Rolando A Bola, da Super Rádio Tupi, lembrando que o trabalho vem sendo feito aos poucos, e que o Vasco está voltando a ser respeitado dentro do clube e também externamente no cenário nacional do futebol, o que já não acontecia há algum tempo. Eurico lembra que o Vasco não é apenas um clube de futebol, mas sim uma instituição que merece todo respeito pelo trabalho que já fez e continua fazendo no cenário nacional.

"Eu disse antes, e as coisas se concretizaram. Eu disse que o respeito tinha que voltar de duas maneiras: tinha que ter o respeito interno e o respeito externo. Nós restabelecemos o respeito internamente no Vasco e o respeito externo. O respeito externo, o que veio coroar foi a conquista. Mas sem dúvida nenhuma, o respeito voltou. O tratamento que tem que ser dado a instituição Vasco, tem que ser dado da forma que a instituição merece. É uma instituição que tem 117 anos de existência, que é um exemplo. A escola do Vasco tem no total 350 alunos, uma escola de primeiro e segundo grau, uma escola registrada no MEC, uma escola que dá todas as condições, que já formou inúmeros atletas, e o Vasco muito mais que até um clube esportivo, ele é um clube voltado para o social, e a maior demonstração é essa. O Vasco é um clube sem discriminação, sem discriminação de raça, sem discriminação de religião, e deu essa demonstração nesse campeonato. Sem dúvida nenhuma, o respeito voltou." - disse Eurico.

Muitas questões são levantadas no dia a dia em São Januário, novos processos descobertos pela atual diretoria e o trabalho que vem sendo feito pelo departamento jurídico para equacionar as dívidas e solucionar problemas dentro da colina. O vice jurídico Paulo Reis também participou do Rolando A Bola, falando sobre a credibilidade que o Vasco voltou a conquistar, e, também, dentro do elenco do clube.

"Ah, não tem a menor dúvida, isso aí, com todo o respeito, né, as pessoas que passaram pelo Vasco, eu respeito as pessoas, mas faltou credibilidade, liderança, e o maior exemplo que eu pude ver foi o casaca que foi gritado dentro do vestiário, ver a repercussão junto aos atletas que já estavam no Vasco, que falaram para mim que nunca tinham visto coisa igual. Evidente que os garotos da base participaram efetivamente, o Luan e tantos outros, o Jhon Cley, o Iago, que já são pessoas que sabiam como que era o casaca, mas eu vi a repercussão disso, e vi a credibilidade e a confiança que jogadores que já estavam no Vasco e continuaram viram a forma diferente como o Vasco está sendo dirigido hoje pelo presidente e toda sua equipe." - disse o vice jurídico Paulo Reis.

Hoje, o futebol brasileiro vive um momento diferente, principalmente no lado da publicidade. O departamento de marketing tem sido de fundamental importância para a sobrevivência dos clubes em alto nível. Por exemplo, Palmeiras, Internacional, Corinthians, são clubes que aproveitam muito bem o sócio-torcedor, algo que o Vasco vem trabalhando no dia a dia para reformular o seu projeto, mas que por enquanto ainda não saiu do papel. Deve acontecer nos próximos meses, já que a diretoria vem resolvendo alguns problemas burocráticos. E, em relação a patrocinadores, no Rio de Janeiro, principalmente o Botafogo vem adotando o patrocinador pontual, que apoia o clube jogo a jogo. O Vasco chegou a fazer isso no Campeonato Carioca, mas nesta semana finalmente conseguiu a renovação de contrato com seu patrocinador master, que vai gerar ao clube nos próximos sete meses cerca de 15 milhões de reais. O diretor de marketing do Vasco, Bernardo Pontes, analisa a situação vivida pelo Botafogo, adversário que tem como exemplo o patrocinador pontual, e o mercado de publicidade e marketing no Brasil.

"Na verdade, o momento econômico que o país vive não é muito favorável, então as grandes empresas que anteriormente investiam no marketing, nos clubes e tudo mais, investiam em patrocínios a longo prazo, acabam nesse momento que a gente vive optando por fazer pequenos investimentos em situações pontuais que geram grande visibilidade. A gente respeita totalmente a situação do nosso adversário, e entende que essa lógica do mercado é praticada não só isso no Rio de Janeiro, mas como no país inteiro. Quando a gente tem um jogo de grande apelo, onde vai ter visibilidade e televisão aberta, não só para o estado do Rio de Janeiro, para como diversos estados do país, a gente entende sim que é possível e é necessária essa ativação, essa comercialização de propriedade comercial para apenas uma partida. Então, a gente sabe que é aposta e é uma tendência que começou aí em meados de 2009 esse patrocínio pontual, e eu acredito que vai ser uma força para as grandes decisões, a gente lembra aí de casos de estreia de grandes jogadores fechando patrocínios pontuais, porque o mercado quer se aproveitar de grandes jogos, de grandes decisões, para ter sua marca exposta." - disse Bernardo Pontes, o diretor de marketing.

Hoje, dentro de São Januário, a diretoria trata com muito carinho a reformulação de todo clube. Tanto o ginásio que já está em obra com a ajuda de torcedores, por uma grande campanha que foi feita nas redes sociais na internet, e também, o parque aquático que já passa por reformas. Todo esse trabalho vem sendo acompanhado de perto pela atual diretoria, a intenção é reformular todo o patrimônio do clube, até para valorizar ainda mais o que o Vasco tem de melhor, que é o seu patrimônio. Hoje, o vice de patrimônio do clube, Joaquim Cardoso, o Quim, acompanha de perto as obras de reformulação e a estrutura que foi encontrada completamente abandonada quando a diretoria assumiu o clube.

"Estruturalmente nós mudamos tudo, porque na verdade, estava abandonado, largado, pessoas que aqui comandavam sem o mínimo compromisso com a instituição. Enfim, mudou tudo, mudou completamente tudo, e como vocês mesmos andam aqui dentro e veem. Muita coisa está sendo feita já, muita coisa mesmo que não devia ter sido deixado ser feita, e nós estamos começando agora, recomeçando, e, tudo vai voltar ao normal, tudo vai voltar ao antigo Vasco, o Vasco que sempre foi, tanto patrimonialmente, como socialmente, como instituição, ele vai voltar a ser o que era. Piorou muito, não piorou pouco, não. Piorou muito! Eles não fizeram absolutamente nada, a não ser obras de embelezamento, mais nada. Não fizeram nada, fizeram pouquíssimas coisas, obras de embelezamento, mas obras estruturais, obras necessárias, não fizeram nenhuma. É praticamente tudo, né?! É, principalmente a piscina, que nós estamos realmente recuperando a piscina, enfim, tudo tudo precisa ser feito aqui para o bem estar do sócio." - disse Joaquim Cardoso, o Quim, vice de patrimônio.