Há mais de um século, no interior de Santa Catarina, dizia-se que o patriarca da família Araújo ficava pimpa, ou seja, bem vestido, para ir à igreja. Seu filho resolveu incorporar o apelido e adotou o Pimpão como sobrenome. A descoberta é fruto de pesquisas feitas pelo novo reforço do Vasco, o que ajuda a revelar o quanto Rodrigo Pimpão, atacante de 21 anos, tem um perfil diferente do usual no mundo do futebol.
Apresentado ontem para aliviar o sofrimento do técnico Dorival Júnior com a falta de atacantes, Pimpão era, até 2007, um estudante de Odontologia.
Faltava um ano para concluir o curso na PUC do Paraná. À noite, jogava futsal.
Tudo mudou quando passou numa peneira do Paraná. Ou seja, sua vida como jogador profissional tem só um ano e meio. Muito pouco.
Curso superior, o gosto pela leitura e a facilidade de se expressar fazem dele quase um peixe fora dágua no mundo do futebol: Claro que há diferença entre quem tem curso superior e quem não estudou. Mas no dia-a-dia do futebol não me sinto diferente diz o atacante, que se chama Rodrigo Pimpão Viana e não parece disposto a trocar de nome.
Personalidade não lhe falta: Atender um paciente de boca aberta é diferente de entrar em um Maracanã lotado.
Mas não vim para ser mais um.
Quero provar que o Vasco fez uma bela contratação.