Dagoberto estreia pelo Vasco neste domingo, em São Januário, às 16h, contra o Nova Iguaçu, e traz com ele o apoio de uma cidade inteira. Enéas Marques, no interior do Paraná, não perde um passo de seu filho mais ilustre. Com cerca de seis mil habitantes, o município é tão pequeno que o prefeito é também ex-colega de escolinha do jogador.
O então menino, mesmo mais franzino que a maioria, chamava a atenção nas peladas no campo de terra batida. Maikon Parzianello garante que ele sempre foi diferenciado, em meio a “caneludos”, como o prefeito da cidade se define com a bola nos pés.
- Ele sempre bateu muito bem na bola. Fazia muitos gols de falta. Jogamos juntos por muito tempo. Fomos juntos para fazer teste em Londrina e de lá ele seguiu para o Atlético Paranaense. Quem não era bom como eu voltou para a nossa cidade - lembra o prefeito.
Pelo PSTC, Dagoberto foi artilheiro e campeão estadual juvenil, o que atraiu a atenção do Furacão. O clube da capital o levou para longe, mas Enéas Marques nunca deixou de segui-lo. O atacante, por sua vez, rodou o país, virou pentacampeão brasileiro, mas não deixou de visitar a cidade onde fez os primeiros gols no futebol. Hoje, a torcida vascaína será maior no interior do Paraná.
- Devemos ter uns 20 vascaínos aqui, mas desde que Dagoberto acertou com o Vasco já apareceram mais camisas do clube nas ruas - destacou Parzianello.
A torcida pelo atacante é tanta que faz com que rubro-negros virem casaca, pelo menos enquanto ele estiver na Colina. É o caso do prefeito. Ele lembra que Dagoberto, na juventude, era fã de Zico, ídolo do maior rival. Coincidência da vida, dia 22, Dagoberto terá contra o Flamengo a chance de conquistar o coração dos vascaínos.
- Agora eu sou Vascão (risos). Tenho certeza de que ele está muito motivado, também pela maneira como saiu do Cruzeiro. Estive com ele em Minas, ninguém entendeu o que aconteceu - lamentou o prefeito.